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Um
brasileiro está entre as 33 vítimas da queda do avião Embraer 190, da empresa
Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), em uma área florestal entre a Namíbia e
Botsuana, quando ia para Angola, nessa sexta-feira (29). Não há sobreviventes.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil ainda não divulgou o nome, mas
adiantou que é um homem e que já está em contato com a família. O Itamaraty
também está em contato com os governos da Namíbia e de Angola.
Em
nota, a Embraer diz que o avião foi entregue à companhia moçambicana em
novembro de 2012. A empresa brasileira se solidarizou com os parentes das
vítimas, se colocou à disposição para auxiliar nas investigações e vai enviar
uma equipe de técnicos para o local.
O
Conselho de Ministros de Moçambique anunciou hoje a criação de uma comissão de
inquérito internacional e de uma nacional para apurar as circunstâncias do
acidente. "O governo tomou de imediato medidas destinadas a fazer o
acompanhamento do acidente e apurar as suas causas. Uma comissão de inquérito
foi constituída e vai se juntar à comissão internacional de inquérito a ser
liderada pela Namíbia, país onde ocorreu o acidente", disse em entrevista
o ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Gabriel Muthisse, ao
final da sessão extraordinária do Conselho de Ministros, convocada devido ao
acidente.
Com
base nas normas da Organização Internacional da Aviação Civil (Icao), Muthisse
acrescentou que a comissão de inquérito internacional será constituída pela
Namíbia, por Moçambique, como país proprietário do aparelho, e pelo Brasil,
como fabricante.
"As
razões do acidente vão ser determinadas por equipes de peritos da comissão
internacional de inquérito que, de acordo com as regras de aviação civil, deve
ser constituída por pelo menos três partes: a principal é o país onde ocorreu o
acidente, a segunda é o país de bandeira e a terceira parte é o
fabricante", disse Muthisse.
A
comissão de inquérito nacional será formada por representantes dos ministérios
dos Transportes e das Comunicações e por peritos da LAM, adiantou o titular dos
Transportes e Comunicações moçambicano.
Gabriel
Muthisse disse ainda que a queda ocorreu em área de difícil acesso e que,
durante as operações de busca, a Força Aérea da Namíbia enfrenta chuvas
torrenciais. Ele lembrou que o aparelho "era o mais recente" desse
modelo que a LAM comprou da Embraer.
Muthisse
informou que os nomes das 33 vítimas serão divulgados logo que todas as
famílias forem informadas da tragédia. O governo moçambicano adiantou que vai
decretar luto nacional.
"*Com
informações da Lusa"
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