Imagem/Astronomia e Universo
Washington, 7 nov (EFE).- A probabilidade de um
asteroide bater na Terra é maior do que se pensava previamente, e poderia
acontecer a cada três ou quatro décadas, de acordo com um estudo publicado na
revista 'Science'.
Esta pesquisa aconteceu como consequência do
impacto ocorrido na cidade russa de Chelyabinsk, perto dos montes Urais, de um
asteroide de 20 metros de diâmetro em fevereiro passado e que surpreendeu por
sua incomum potência ao destroçar vidros a mais de 30 quilômetros em torno e
provocar milhares de feridos.
Na época, os especialistas assinalaram que se
tratava de um raro evento astronômico que acontecia a cada 100 ou 200 anos, e
citaram que o último caso semelhante tinha acorrido em 1908.
'A imprevista chegada do meteorito e a violência do
impacto foi uma chamada de atenção', afirmou Qing-Zhu Yin, um dos autores do
relatório e astrônomo da Universidade da Califórnia (EUA).
De fato, os resultados do incidente de fevereiro
fizeram os cálculos serem reajustados, e a probabilidade do impacto está agora
em cada três ou quatro décadas.
Além disso, a comunidade científica retificou o
tamanho do asteroide necessário para provocar um dano significativo. Até agora,
o grande perigo de um impacto era de meteoritos com um quilômetro de diâmetro.
'Agora sabemos que devemos nos preocupar inclusive
com aqueles de apenas alguns metros de tamanho', disse Qing-Zhu Yin.
A tecnologia rastreou as trajetórias dos meteoritos
de um quilômetro de diâmetro. Não se prevê que nenhum deles cruze a órbita da
Terra no futuro.
Um comitê da ONU vem estudando a questão
recentemente e fez duas recomendações: por um lado, estabelecer uma Rede de
Alerta Internacional de Asteroides e, por outro, pedir às diversas agências
aeroespaciais para criar um grupo assessor para estudar tecnologias possíveis
para desviá-los.
Agencia EFE
Ao se identificar seu comentário terá mais relevância.
EmoticonEmoticon