Médicos ajudaram a torturar detidos nos EUA

Médicos ajudaram a torturar detidos nos EUA
                                                                                                            Foto/AP

Médicos e enfermeiros a trabalhar para o exército dos Estados Unidos foram cúmplices de abusos praticados sobre suspeitos de terrorismo no pós-11 de Setembro, revela um relatório independente noticiado pela BBC.

O estudo mostra que os profissionais da saúde ajudaram a planear "torturas e tratamentos cruéis, desumanos e degradantes". Estes dados foram recolhidos por um painel de peritos militares, legais e da área da saúde, mas as suas conclusões já foram postas em causa pela CIA e pelo Pentágono.

O relatório, elaborado ao longo de dois anos e apoiado pelo Instituto de Medicina e pela fundação George Soros, garante que os abusos tiveram lugar nas prisões americanas no Afeganistão, em Guantánamo e nas prisões secretas da CIA espalhadas pelo mundo, depois dos atentados de 11 de setembro de 2001.

"Um exemplo é o recurso a profissionais de saúde para alimentar os detidos à força", revela Leonard Rubenstein. O co-autor do estudo explica ainda à BBC que os médicos e enfermeiros participavam nos interrogatórios dos suspeitos para encontrar as suas fragilidades físicas que podiam ser exploradas para lhes arrancar uma confissão.

FONTE/DNGLOBO


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