Morreu
nesta quarta-feira (6) aos 92 anos o ator e comediante carioca Jorge Dória. Ele
estava internado no Hospital Barra D'or, na zona oeste do Rio de Janeiro, desde
27 de setembro. O ator passou os últimos nove anos recluso, de cama,
devido a um derrame sofrido em 2006. De acordo com a assessoria do hospital, a
morte aconteceu às 15h05 por complicações cardiorrespiratórias e renais.
Nascido
Jorge Pires Ferreira, no Rio de Janeiro, Jorge Dória tem uma carreira vasta no
teatro, cinema e televisão. Iniciou a carreira de ator no longa-metragem A
Mãe(1947), dirigido por Theofilo de Barros Filho. No cinema, também se
destacou em Assalto ao Trem Pagador (1962), A Dama do
Cine Shanghai (1987) e O Homem do Ano (2003), entre
outros.
Quem
deu o nome Jorge Dória foi um costureiro que estava fazendo sua roupa para o
filme Mãe.
No
teatro, recebeu uma única premiação: o Mambembe, em 1984, com Escola de
Mulheres, de Molière. A estreia nos palcos aconteceu em 1942 com a peça As
Pernas da Herdeira, na Companhia Eva Todor, onde permaneceu por quase dez
anos. Na década de 60, seu trabalho mais marcante foi na peça Procura-se
uma Rosa, escrita por Vinicius de Moraes, Pedro Bloch e Gláucio Gill,
dirigida por Léo Jusi.
A
partir da década de 70, começou a protagonizar e produzir os espetáculos. Com
exceção de Dr. Fausto da Silva (1973), dirigido por Flávio Rangel, Jorge Dória
atuou sempre sob a direção de João Bethencourt: Plaza Suíte, de
Neil Simon (1970); Chicago 1930 (1971), de Ben Hecht e Charles
Mac Arthur; Freud Explica, Explica (1973), de João
Bethencourt; A Gaiola das Loucas (1974), de Jean Poiret; Sodoma,
o Último a Sair Apague a Luz (1978), de João Bethencourt; O
Senhor É Quem? (1980), de João Bethencourt.
Nos
anos 80, trabalha com Domingos de Oliveira nos espetáculos: Amor
Vagabundo (ou Eternamente Nunca) (1982), de Felipe Wagner; Belas
Figuras (1983), de Ziraldo; Escola de Mulheres (1984),
de Molière; A Morte do Caixeiro Viajante (1986), de Arthur
Miller; Os Prazeres da Vida (1987), de Domingos de Oliveira; Tributo (1987),
de Bernard Slade; Os Prazeres da Vida Segundo Jorge Dória (1987)
e A Presidenta (1988), de Bricaire e Lasaygues.
Na
TV, Jorge Dória trabalhou em diversas novelas como Que Rei Sou Eu? (1989), Meu
Bem, Meu Mal (1990), Deus Nos Acuda (1993) e Zazá (1997).
Na década de 70, participou do seriado A Grande Família.
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