Foto: Daniel
Marenco-Folhapress
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Após mais de 24 horas em
protesto numa árvore, o índio José Urutau, da tribo Guajajara, foi imobilizado
por bombeiros e retirado à força, no final da manhã desta terça-feira, no
terreno do antigo Museu do Índio, no Maracanã, zona norte do Rio.
Quatro bombeiros
participaram da ação com apoio de policiais militares do Batalhão de Choque,
que cerca a área desde ontem. Para o advogado do índio, Arão da Providência, o
Corpo de Bombeiros agiu arbitrariamente.
"Ele não queria
descer. Foi preso depois de ter uma corda amarrada ao pescoço, receber uma
gravata e ser imobilizado", disse o advogado.
A polícia reagiu quando o
advogado e os manifestantes se aproximaram para saber informações sobre o
Urutau. O índio foi levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro.
"Ele está
debilitado, mas aparentemente bem. É lamentável que o Corpo de Bombeiros esteja
agindo dessa forma, interferindo nos movimentos de disputa de território para
ajudar o governador", afirmou Arão da Providência.
Urutau foi retirado da
árvores e levado para dentro do antigo museu. Em seguida, saiu em uma
ambulância que aguardava na parte da frente do espaço. Manifestantes e
jornalistas que correram para falar com o índio foram atingidos por spray de
pimenta.
Por Folha de S.Paulo
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