O
ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela morreu aos 95 anos em
Pretória, anunciou o presidente do país, Jacob Zuma. Mandela ficou internado de
junho a setembro devido a uma infecção pulmonar. Ele deixou o hospital e estava
em casa. “Ele partiu, ele se foi pacificamente na companhia de sua família”,
afirmou o presidente. “Ele agora descansou, ele agora está em paz. Nossa nação
perdeu seu maior filho. Nosso povo perdeu seu pai.”
Foram
quatro internações do ex-presidente desde dezembro. Em abril, as últimas
imagens divulgadas do ex-presidente mostraram bastante fragilidade – ele foi
visto sentado em uma cadeira, com um cobertor sobre as pernas. Seu rosto não
expressava qualquer emoção. No início de março de 2012, o ex-presidente
sul-africano havia sido hospitalizado por 24 horas, e o governo informou, na
ocasião, que Mandela tinha sido internado para uma bateria de exames rotineira. Em
dezembro, porém, ele permaneceu 18 dias hospitalizado, em decorrência de uma infecção
pulmonar.
No
fim de março de 2013, ele passou 10 dias internado, também por uma
infecção pulmonar, provavelmente vinculada às sequelas de uma tuberculose que
contraiu durante sua detenção na prisão de Robben Island (ilha de Robben), onde
ficou 18 anos preso, de 1964 a 1982.
Conhecido
como “Madiba” na África do Sul, ele foi considerado um dos maiores heróis da
luta dos negros pela igualdade de direitos no país e foi um dos principais
responsáveis pelo fim do regime racista do apartheid, vigente entre 1948 a
1993.
Ele
ficou preso durante 27 anos e ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1993, sendo
eleito em 1994 o primeiro presidente negro da África do Sul, nas primeiras
eleições multirraciais do país. Mandela é alvo de um grande culto em seu país,
onde sua imagem e citações são onipresentes. Várias avenidas têm seu nome, suas
antigas moradias viraram museu e seu rosto aparece em todos os tipos de
recordações para turistas.
Por
G1
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