O repórter, ao lado do cinegrafista Fernando Dias de Jesus e do auxiliar Erinaldo Clemente, estavam prontos para o link quando ouviram os disparos. Mesmo assustado, Marcos Clementino entrou ao vivo e relatou o crime, gaguejando: "Entrei ao vivo tremendo. Quando teve o primeiro tiro, falei para o cinegrafista: 'Filma, filma!". Quando o cara veio na nossa direção, eu gritei: 'Corre, corre'", afirmou o repórter ao Notícias da TV.
Clementino lembra ter ouvido cinco disparos, porém não sabe quem atirou primeiro. O suposto ladrão, baleado, correu na direção da equipe da Cultura para se proteger, na avaliação do jornalista. Quando o policial à paisana, que era o dono do carro, começou a persegui-lo, a equipe correu para a porta do CT do Corinthians, porém foi impedida de entrar.
"Bati muito na porta do Corinthians, gritei que era da imprensa, o ladrão estava correndo na nossa direção, mas o segurança disse que não poderia abrir", diz o repórter da Cultura.
Baleado, o suposto assaltante perdeu as forças e caiu a dez metros da entrada do CT. O repórter entrou ao vivo duas vezes com o homem ao lado, deitado no chão e agonizando. Entre um link e outro, chegou a conversar com o suposto bandido para obter mais informações.
"Na hora nem percebi como estava o enquadramento, depois vi que o cara estava do meu lado. Eu estava muito nervoso e o cinegrafista também. Conversei com ele, ele pediu ajuda. Eu o vi tomar três tiros, um no peito e dois no braço direito. Como ele estava mancando, pode ter tomado outro na perna. Fiquei surpreso pela minha frieza de pedir informação para o cara agonizando", conta o jornalista.
Uol
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