Onze pessoas, a maioria adolescentes, foram fuziladas depois de retiradas de suas casas
O Ministério Público Estadual (MPE-CE) promete concluir em duas semanas a denúncia do processo que apura a chacina que vitimou 11 pessoas, em novembro do ano passado, nos bairros Curió e Lagoa Redonda, além do Conjunto São Miguel.
De acordo com o procurador geral de Justiça do Estado, Plácido Rios, a força-tarefa do MPE já está concluindo o documento que poderá resultar na denúncia de, pelo menos, 35 policiais militares, apontados como suspeitos de envolvimento (direto e indireto) na sequência de homicídios com características de execução sumária. O crime ocorreu na madrugada do dia 12 de novembro, logo após a morte de um PM durante uma tentativa de assalto.
O caso foi investigado através de um inquérito sigiloso realizado por três delegadas que atuam na Delegacia de Assuntos Internos (DAI) da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário (CGD).
De acordo com os autos, a morte das 11 pessoas – a maioria adolescentes, sem histórico criminal – teria sido uma retaliação de policiais militares indignados com a morte do soldado PM Valtemberg Chaves Serpa. Ele foi assassinado quando reagiu á abordagem de dois bandidos contra sua esposa em um campo de futebol, onde o casal se divertia com amigos, no bairro Lagoa Redonda. Nas horas seguintes aconteceu a chacina.
Suspeitos
Dos 35 PMs indiciados no inquérito concluído pela CGD, 33 foram enquadrados como tendo participado diretamente dos 11 assassinatos e das sete tentativas de homicídio. Outros cinco pelo crime de prevaricação, isto é, deixaram de tomar as medidas legais cabíveis para impedir a matança, ou apurá-la. Os nomes dos indiciados permanece sob sigilo.
Fonte: Blog do Fernando Ribeiro
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