3 CEARENSES ESTÃO ENTRE OS MORTOS DO ACIDENTE DE ÔNIBUS, EM SP

Daniela Aparecida e Maria Wdyrlania, naturais de Canindé, iam todos os dias juntas para a universidade em Mogi das Cruzes.

Além do universitário Damião Nunes Brás, duas estudantes, naturais de Canindé, morreram durante a tragédia. Maria Wdyrlania e Daniela Dias eram primas

Um ônibus que transportava universitários tombou por volta das 23 horas desta quarta-feira, 8, deixando pelo menos 18 mortos e 17 feridos, na rodovia Mogi-Bertioga (entre as cidades paulistas de Biritiba-Mirim e Bertioga). Além do pedreiro que estudava engenharia civil, duas universitárias cearenses de Canindé estão entre as vítimas.

Maria Wdyrlania Masceno de Souza, 22 anos, estava no 7º semestre de Ciências Contábeis na Universidade de Mogi das Cruzes (UMC).
A mãe dela havia se mudado de Canindé há 21 anos para tentar uma vida melhor em São Paulo, conforme a tia Antônia Aurinete Camelo Masceno de Souza.

A outra cearense, Daniela Aparecida Mota Dias, cursava o 9º semestre de Arquitetura e Urbanismo, também na UMC. As duas primas moravam em Boracéia, no município de São Sebastião.

"Nossa família estava em Guarujá esperando elas duas com vida, mas umas 6h30min descobriram o falecimento. Ainda estamos aguardando a liberação dos corpos, porque são muitas vítimas", disse ao O POVO Online uma prima das jovens, Soraia Masceno, 27 anos.

Segundo a familiar das primas de Canindé, o velório das universitárias será realizado na Barra do Una (São Sebastião). "A Maria era uma pessoa maravilhosa por dentro e por fora. Era feliz, tratava os sobrinhos como filhos. Uma joia rara", disse Soraia.

Daniela trabalhava em um hotel e Maria Wdyrlania estagiava em uma empresa de contabilidade. As duas saíam juntas para a faculdade em Mogi das Cruzes, sempre no meio da tarde. "A Dani era uma ótima irmã, apaixonada pelo irmão mais novo de dois anos. Elas voltavam de noite, chegavam em casa meia-noite e às vezes ainda iam estudar, mesmo trabalhando o dia inteiro", contou Soraia.

A tia Aurinete, que mora em Canindé com a mãe e avó das universitárias, Quitéria Camelo Masceno, 72 anos, soube da morte pelas redes sociais. "Eu tive comunicação com os parentes por volta das 23 horas. Como a gente mora no Interior, o acesso era difícil. Naquela hora nem chamei minha mãe (Quitéria) para não incomodar. Hoje, liguei umas 5h30min para outra parente e nos avisaram que as duas estavam desaparecidas. A gente ainda tinha esperança", lamentou.

Em nota, a UMC lamentou o acidente e decretou luto oficial de dois dias. ''A UMC está acompanhando os desdobramentos do acidente e assim que a lista oficial de vítimas for divulgada pelos órgãos competentes, as informações serão disponibilizadas", completou.

As primas cearenses cursavam o penúltimo semestre de seus respectivos cursos, segundo informações da universidade ao O POVO Online.

O Povo

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