( FOTO: FERNANDA SIEBRA ) |
Trio é investigado por supostamente facilitar a entrada de ilícitos como drogas e celulares dentro de penitenciária
A Secretaria da Justiça informou que sete unidades prisionais do Estado contam com equipamento bodyscanner, para impedir a entrada de ilícitos nos presídio. Os objetos também são achados em vistorias nas celas.
Três agentes penitenciários foram afastados das funções por decisão da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Estado do Ceará (CGD). Eles são investigados por, supostamente, facilitar a entrada de material ilícito, como drogas e equipamentos eletrônicos, nas celas de uma unidade carcerária da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Três agentes penitenciários foram afastados das funções por decisão da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Estado do Ceará (CGD). Eles são investigados por, supostamente, facilitar a entrada de material ilícito, como drogas e equipamentos eletrônicos, nas celas de uma unidade carcerária da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
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A decisão do afastamento foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) do último dia 18. O trio passará, pelo menos, 120 dias impedido de exercer as atividades relativas às funções, enquanto duram as investigações.
Conforme a CGD, uma vistoria no Instituto Penal Francisco Hélio Viana de Araújo, em Pacatuba, levou o órgão disciplinador a tomar conhecimento de um suposto esquema envolvendo os agentes penitenciários e os presos. Na cela de um dos detentos, identificado como Juniel Gomes Soares, foi encontrado e apreendido um aparelho de telefone celular. Era 23 de fevereiro deste ano.
O aparelho, segundo os investigadores, continha "dados de supostas transações ilícitas que ocorriam em virtude de facilitação e atuação direta" de um dos agentes penitenciários. O detento forneceu os nomes dos outros dois supostos facilitadores.
A Controladoria Geral de Disciplina relatou na decisão "que foi realizada perícia no aparelho de telefone celular apreendido", e, "a análise, realizada após o processo de extração dos dados (chamadas, contatos, mensagens, Whatsapp, imagens e vídeos) do aparelho de telefone celular, sugere a associação de pessoas para a prática de tráfico de drogas ilícitas dentro e fora daquela unidade prisional".
Ainda no documento oficial, os dados obtidos da extração de arquivos do aparelho celular de Juniel permitiram aos investigadores "observar movimentação financeira suspeita e a facilitação para a entrada de objetos como aparelhos celulares e drogas no presídio".
Defesa
De acordo com a advogada do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindasp), Ninon Tauchmann, o indício encontrado no aparelho apreendido seria o número de telefone de um dos agentes penitenciários. Isto, segundo ela, não significaria um esquema criminoso.
"Um preso tinha o número do telefone de um agente (na agenda do celular), mas isso não significa nada, não é prova de culpa de ninguém. Não é difícil descobrir o número celular de uma pessoa. Está sendo objeto de averiguação e, se eles tiverem alguma responsabilidade, vão responder por isso", apontou.
Conforme a Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus), sete unidades prisionais do Estado contam com equipamento bodyscanner, para impedir a entrada de ilícitos nos presídios.
Detento
O piauiense Juniel Gomes Soares, detento que levou à identificação dos agentes penitenciários investigados, está preso desde janeiro de 2010 por latrocínio. Ele foi capturado em flagrante, junto com uma mulher.
À época, o casal assassinou a facadas um taxista, na Favela do Pau Fininho, bairro Papicu, em Fortaleza. O piauiense, ao ser capturado, confessou o crime.
Levi de Freitas - Repórter
DN
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