Moisés de Lucena foi reconhecido pela vítima como sendo o homem que a segurava no momento em que ela despertou no quarto
A polícia já sabe quem é o quarto homem cuja voz aparece nos vídeos gravados por Raí de Souza, durante o segundo estupro coletivo sofrido por uma jovem de 16 anos, na Praça Seca, no dia 22 de maio. É Moisés Camilo de Lucena, de 28 anos, conhecido como Canário, que já teve a prisão decretada no caso e está foragido. A perícia no celular de Raí já havia revelado que pelo menos quatro homens estavam no quarto no momento das gravações do vídeo e participaram dos abusos. Além de Raí e Canário, os outros homens seriam Raphael Belo, que está preso, e o traficante conhecido como Jefinho, que está foragido. A descoberta de que Moisés estava no momento do segundo estupro confirma que ele participou dos dois abusos, ocorridos em momentos distintos. Ele é o homem apontado pela vítima como sendo quem a segurava quando ela despertou, em uma casa desconhecida no alto da favela, cercada por traficantes armados. Ele foi o primeiro a estuprar a jovem. No depoimento que prestou na Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav), Raí havia omitido a presença de Moisés na casa, durante a gravação do vídeo.
RAÍ TRANSFERIU IMAGENS - A perícia no celular de Raí também confirmou que ele compartilhou as imagens gravadas em vídeo, mas ainda não é possível afirmar se foi ele próprio quem postou as cenas na internet. As imagens encontradas no celular também podem ligar Raí ao tráfico de drogas da região, segundo policiais que investigam o caso. A apuração sobre esse possível envolvimento será feita pela Delegacia de Combate às Drogas (Dcod). Numa gravação, achada no aparelho de Raí, bandidos falam em matar a vítima do estupro devido à repercussão do caso. Em outro áudio, traficantes determinam que moradores da área façam um protesto dizendo que não houve crime.
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