Durante a ação ousada, um preso morreu e um policial militar foi baleado. Ninguém conseguiu escapar
A CPPL III é uma das quatro unidades do Complexo II, em Itaitinga ( FOTO: REINALDO JORGE )
Uma quadrilha armada tentou resgatar detentos da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que estão recolhidos na Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Jucá Neto (CPPL III), em Itaitinga. Durante o plano criminoso, um cabo da Polícia Militar que estava de serviço na unidade foi baleado. Um detento morreu durante o tiroteio entre policiais militares e bandidos.
De acordo com a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), um grupo de homens armados com fuzis estava fora da unidade dando cobertura aos internos que tentaram fugir da unidade. O policiamento externo percebeu a movimentação e interveio. Houve troca de tiros com o grupo armado e o policial ficou ferido. O Grupo de Ações Penitenciárias Especiais (Gape), a força especializada de agentes penitenciários, foi acionado.
Segundo a Sejus, um interno que tentava fugir foi atingido e morreu. Identificado como João Cleiton Carneiro de Oliveira, ele tinha 26 anos e respondia por homicídio, roubo e porte de arma. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a Perícia Forense (Pefoce) estiveram no local para investigar o caso. Ainda conforme a Sejus, ninguém conseguiu fugir.
O cabo identificado como Marcos Fonteles Cardoso foi atingido por tiros nas costas, nos braços e na cabeça. Contudo, os projéteis não chegaram a perfurar o crânio do PM. Segundo a Associação dos Profissionais de Segurança do Ceará (APS), ele foi deslocado para o Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza, e não corre risco de morte. O militar chegou a enviar um áudio em redes sociais avisando aos conhecidos e colegas de farda que sua situação é estável.
Tensão
Conforme o presidente do Conselho Penitenciário do Estado do Ceará, advogado Cláudio Justa, a situação na unidade ainda estava tensa até o fim da tarde. "Agentes penitenciários, com o apoio do Batalhão de Choque (BPChoque), entraram na unidade para fazer uma vistoria e a recontagem dos presos", disse.
O advogado explicou que o ataque a CPPL III se justifica por ser a unidade que abriga, atualmente, a facção mais organizada e onde estão concentradas as lideranças do PCC no Ceará. "Eles podem ter sido informados da autorização do envio das Forças Armadas pelo Governo Federal para alguns estados e acreditaram que pode chegar ao Ceará. Por isso, decidiram libertar os líderes ou evitar transferências para presídios federais", explicou o presidente do Conselho.
Cláudio Justa afirmou que o Conselho vai deliberar sobre a presença das Forças Armadas em unidades prisionais e deve se posicionar oficialmente. "O Estado precisa aproveitar a oportunidade, atacar demandas estruturais e corrigir problemas históricos no Sistema", destacou.
O defensor público Emerson Castelo Branco, do Núcleo de Atendimento ao Preso Provisório e às Vítimas de Violência (Nuapp), também esteve no Complexo Penitenciário Itaitinga II. Emerson Castelo Branco disse que "a situação (das unidades) é de controle precário".
Castelo Branco listou problemas como o baixo efetivo de agentes e de PMs na segurança das unidades, a falta de uma muralha cercando o Complexo e a ausência de controle interno dos presídios, que segundo ele, estão nas mãos das facções. "A parte interna é muito caótica. O estado não consegue ter o pleno controle da vida e do cotidiano dos presos. A execução penal só tem um caminho que é investir no cotidiano do preso de forma positiva. Ou você ocupa essas pessoas de forma positiva ou quem manda e desmanda são as facções", salientou.
Diario do Nordeste
Uma quadrilha armada tentou resgatar detentos da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que estão recolhidos na Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Jucá Neto (CPPL III), em Itaitinga. Durante o plano criminoso, um cabo da Polícia Militar que estava de serviço na unidade foi baleado. Um detento morreu durante o tiroteio entre policiais militares e bandidos.
De acordo com a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), um grupo de homens armados com fuzis estava fora da unidade dando cobertura aos internos que tentaram fugir da unidade. O policiamento externo percebeu a movimentação e interveio. Houve troca de tiros com o grupo armado e o policial ficou ferido. O Grupo de Ações Penitenciárias Especiais (Gape), a força especializada de agentes penitenciários, foi acionado.
Segundo a Sejus, um interno que tentava fugir foi atingido e morreu. Identificado como João Cleiton Carneiro de Oliveira, ele tinha 26 anos e respondia por homicídio, roubo e porte de arma. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a Perícia Forense (Pefoce) estiveram no local para investigar o caso. Ainda conforme a Sejus, ninguém conseguiu fugir.
O cabo identificado como Marcos Fonteles Cardoso foi atingido por tiros nas costas, nos braços e na cabeça. Contudo, os projéteis não chegaram a perfurar o crânio do PM. Segundo a Associação dos Profissionais de Segurança do Ceará (APS), ele foi deslocado para o Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza, e não corre risco de morte. O militar chegou a enviar um áudio em redes sociais avisando aos conhecidos e colegas de farda que sua situação é estável.
Tensão
Conforme o presidente do Conselho Penitenciário do Estado do Ceará, advogado Cláudio Justa, a situação na unidade ainda estava tensa até o fim da tarde. "Agentes penitenciários, com o apoio do Batalhão de Choque (BPChoque), entraram na unidade para fazer uma vistoria e a recontagem dos presos", disse.
O advogado explicou que o ataque a CPPL III se justifica por ser a unidade que abriga, atualmente, a facção mais organizada e onde estão concentradas as lideranças do PCC no Ceará. "Eles podem ter sido informados da autorização do envio das Forças Armadas pelo Governo Federal para alguns estados e acreditaram que pode chegar ao Ceará. Por isso, decidiram libertar os líderes ou evitar transferências para presídios federais", explicou o presidente do Conselho.
Cláudio Justa afirmou que o Conselho vai deliberar sobre a presença das Forças Armadas em unidades prisionais e deve se posicionar oficialmente. "O Estado precisa aproveitar a oportunidade, atacar demandas estruturais e corrigir problemas históricos no Sistema", destacou.
O defensor público Emerson Castelo Branco, do Núcleo de Atendimento ao Preso Provisório e às Vítimas de Violência (Nuapp), também esteve no Complexo Penitenciário Itaitinga II. Emerson Castelo Branco disse que "a situação (das unidades) é de controle precário".
Castelo Branco listou problemas como o baixo efetivo de agentes e de PMs na segurança das unidades, a falta de uma muralha cercando o Complexo e a ausência de controle interno dos presídios, que segundo ele, estão nas mãos das facções. "A parte interna é muito caótica. O estado não consegue ter o pleno controle da vida e do cotidiano dos presos. A execução penal só tem um caminho que é investir no cotidiano do preso de forma positiva. Ou você ocupa essas pessoas de forma positiva ou quem manda e desmanda são as facções", salientou.
Diario do Nordeste
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