Andinho foi um dos integrantes de facção flagrado em escutas telefônicas (Foto: Vinícius Pacheco/G1)
Wanderson
Nilton de Paula Lima, conhecido como Andinho, é o sexto integrante de uma
quadrilha que atua dentro e fora dos presídios paulistas a ser transferido da
Penitenciária 2 de Presidente Venceslau para
a Penitenciária de Presidente Bernardes. Ele e outros membros foram flagrados
em escutas telefônicas obtidas pelo Ministério Público e foram denunciados por
continuarem comandando o crime organizado.
remoção
ocorreu por volta das 16h desta segunda-feira (11). Andinho, condenado a 688
anos e 24 dias de prisão por homicídio, sequestro, roubo e tráfico, é
considerado pela promotoria um dos líderes do grupo, que, mesmo preso, dá
ordens aos integrantes, contabiliza a venda de drogas, negocia armas e manda
matar autoridades e policiais. Depois da escutas, o MP denunciou cerca de 30
detentos e pediu a prisão de 175 pessoas.
Apenas
algumas transferências foram autorizadas pelo Tribunal de Justiça. Fabiano da
Silva, o Cansado; Fabiano Alves de Souza, o Paca; Eric Oliveira Farias, o
Quebra; Paulo César Souza Nascimento Junior, o Paulinho Neblina; e Daniel
Canônico, o Cego, já foram encaminhados ao presídio de Presidente Bernardes. As
transferências ocorrem desde o dia 29 de outubro.
A
Justiça já autorizou também a remoção de Julio César Guedes de Morais,
conhecido como Julinho Carambola, e Francisco Tiago Augusto Bobo, o Cérebro.
Agora, o Departamento de Execução Criminal (Decrim) deve oficializar a
Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), que organiza a ação.
As
transferências são válidas por 60 dias, pois são cautelares. Durante este
período, a Justiça deve julgar a permanência deles por um ano no Regime
Disciplinar Diferenciado, como solicita o Ministério Público. Neste sistema, os
presos ficam isolados em celas, têm apenas duas horas de banho de sol por dia,
as visitas são controladas e não há acesso a rádio, TV ou jornal.
No
último sábado (9), o governador Geraldo Alckmin (PSDB), durante solenidade em
Presidente Prudente, disse que as transferências
continuarão acontecendo, sempre que necessárias, e prometeu rigidez ao
lidar com a quadrilha.
“Todos
os casos de membros de organização criminosa que for necessária a transferência
para o Regime Disciplinar Diferenciado ocorrerá. Sempre que houver necessidade
[da transferência], assim o faremos”, disse.
Por/G1
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