Reprodução/Noticias Terra
O ministro Aloizio
Mercadante, da Educação, rebateu neste domingo as críticas sobre uma charge
publicada em uma questão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no sábado e
que trouxe a palavra “gasolina” grafada com a letra “z”. Segundo o ministro,
houve uma escolha por preservar a “obra de arte” e a linguagem utilizada na
época de sua publicação original.
“Nós tínhamos ali
uma charge de 1960 que contextualizava o tema da pergunta e que estimulava
certa reflexão da história. Não só gasolina estava com ‘z’, como em seguida tem
o Jeca, que é um personagem da charge, que usa ‘dotô’ no lugar de doutor.
Quando se trata de uma charge, você está lidando com uma linguagem artística.
Como pode o Inep alterar uma obra de arte por qualquer motivo que seja?”,
questionou Mercadante.
O ministro estava municiado contra qualquer
intervenção sobre a questão. Ao ser questionado, ele utilizou de um balanço
feito por sua equipe que apontava a publicação de gasolina com “z” em jornais
de circulação nacional como O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo,
inclusive em anos recentes.
“Se esse argumento vale, então a imprensa
brasileira está cometendo o mesmo deslize. Certamente foram citações
contextualizadas, prefiro acreditar”, rebateu.
Mercadante ainda foi questionado por um
jornalista sobre a publicação da mesma charge em um vestibular da Universidade
Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) em 2003. Lá, no entanto, a banca responsável
pela prova preferiu manter o padrão vigente e utilizou a grafia correta da
palavra gasolina. O ministro disse que esse é um “debate pedagógico” saudável,
mas que o autor do livro que traz a charge defendeu sua publicação na prova do
Enem da forma original.
Fonte/TERRA
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