A presidente Dilma Rousseff anunciou, na tarde deste
domingo 13, a primeira medida contra espionagem no País depois das denúncias de
que o governo brasileiro, e a própria chefe do Executivo, foram alvo de
agências dos Estados Unidos e do Canadá. "Determinei ao Serpro implantação
de sistema seguro de e-mails em todo governo federal. Esta é primeira medida
para ampliar privacidade e inviolabilidade de mensagens oficiais",
anunciou Dilma em sua conta no Twitter.
A presidente se refere ao Serviço Federal de
Processamento de Dados, empresa pública que presta serviços ao governo na área
de tecnologia da informação. Desde que a imprensa divulgou, com base em
documentos do ex-colaborador da NSA (Agência Nacional de Segurança) Edward
Snowden, que os sistemas de comunicação de Dilma e assessores e o ministério de
Minas e Energia foram alvos de espionagem, o governo defendeu reforço na
proteção de dados.
Neste domingo, Dilma reforçou este discurso: "É
preciso mais segurança nas mensagens para prevenir possível espionagem".
Na última vez em que comentou sobre o tema, um dia depois da reportagem do
programa Fantástico, da TV Globo, noticiar que a pasta do ministro Edison Lobão
havia sido invadida pela Agência Canadense de Segurança em Comunicação, a
presidente declarou que era "urgente" que os EUA e seus aliados encerrassem
"suas ações de espionagem de uma vez por todas".
Com os EUA, a relação do Brasil ficou fragilizada,
uma vez que Dilma cancelou uma reunião que tinha com o presidente Barack Obama,
em outubro. O governo norte-americano afirmou que as ações de espionagem do
país tinham como foco atos de terrorismo e que não seriam interrompidas. O
premiê canadense Stephen Harper declarou estar "muito preocupado" com
as denúncias, mas não informou se seu governo contribuiria com as informações
solicitadas pelo Brasil.
Tribuna Hoje
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