A ex-senadora Marina Silva decidiu se filiar ao PSB do governador Eduardo Campos (PE). A decisão
foi tomada após conversas iniciadas na noite de sexta-feira (4) e concluídas na
manhã deste sábado (5). Assim como Marina, Campos évirtual candidato à Presidência da República. Há, entretanto, um
desejo do PSB de ter a ex-senadora, que recebeu 19,6 milhões de votos na
disputa presidencial de 2010, como vice na chapa do governador.
A união entre Marina e Campos tem o objetivo
de formar uma consistente terceira via na corrida ao Planalto, em contraposição
à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e à postulação do oposicionista Aécio Neves (PSDB). Em sua
entrevista na sexta, Marina já havia dito que sua decisão levaria em conta o
desejo de "quebrar" a polarização política existente no país. Desde
1994, PT e PSDB são os principais antagonistas no cenário político nacional.
Na sexta-feira, enquanto Marina Silva
discutia seu futuro com aliados,
o primeiro contato deEduardo Campos foi
feito. Em seguida, ele pegou um avião para Brasília para uma conversa
pessoalmente. A decisão de migrar para o PSB foi tomada após a Rede Sustentabilidade não ter passado
no teste das assinaturas, conforme decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última quinta-feira.
Depois do naufrágio no TSE, Marina passou a
discutir o convite recebido por oito legendas, tendo centrado seu foco no PSB e
no PPS devido a dois
fatores: serem duas legendas com integrantes e atuação relativamente similar à
da Rede Sustentabilidade e
terem já estruturas montadas nacionalmente e nos Estados.
De acordo com a última pesquisa do Datafolha,
do início de agosto, Dilma lidera a corrida para 2014, com 35% das intenções de
voto. Marina tinha 26%. Aécio (13%) e Campos (8%) vêm logo em seguida.
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