A
reserva de água dos açudes cearenses vem minguando. Em outubro do ano passado,
43 reservatórios estavam com volume inferior a 30% da capacidade de
armazenamento. Um ano depois, o número mais que dobrou. Até ontem, eram 88
açudes nessa situação.
Hoje,
o nível dos 144 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos
Hídricos (Cogerh) atinge 36,1% da capacidade. Em outubro de 2012, apenas cinco
açudes tinham volume inferior a 9%. A situação é considerada “muito crítica”
pela Cogerh.
No
mesmo período deste ano, o número de açudes com nível “muito crítico” subiu
para 33. Salão e Souza, ambos em Canindé, por exemplo, têm apenas 2,6% e 0,2%
das águas, respectivamente. O volume do São José II, em Piquet Carneiro, caiu
de 50,2% para 2,8% do ano passado para cá.
Bacias
A
bacia hidrográfica Sertões de Crateús saiu do estado de alerta (entre 30% e 50%
da capacidade) e passou para situação “muito crítica”: atualmente está com 5,7%
do que pode armazenar. Cinco bacias estão em situação “crítica”, com níveis
entre 10% e 30% do total: Salgado, Banabuiú, Baixo Jaguaribe, Curu e Litoral. As
bacias Metropolitanas, Acaraú, Coreaú e Médio Jaguaribe estão em estado de
alerta. A da Serra de Ibiapaba é a única considerada “confortável”, com 50,7%.
Em outubro de 2012, nenhuma bacia estava em situação crítica.
De
janeiro até outubro deste ano, o Ceará teve decréscimo de 7% na água armazenada
pelos açudes monitorados. Isso significa uma perda de aproximadamente 475
bilhões de litros. As perdas, explica a Cogerh, se devem ao consumo humano e
industrial, ao uso para irrigação e, principalmente, aos processos de
evaporação e evapotranspiração, responsáveis por cerca de 30% da água que volta
para a atmosfera. Outro fator é o baixo volume de chuvas nos últimos dois anos.
O POVO
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