A
defesa do ex-presidente do PT José Genoino (foto) protocolou neste
domingo (17/11) um pedido para que ele deixe o Complexo da Papuda, em Brasília,
por causa de suas condições de saúde, alegando “questões humanitárias”.
Condenado no processo do mensalão, o deputado licenciado é um dos 11 réus que
estão presos na unidade, juntamente com o ex-ministro José Dirceu e o
empresário Marcos Valério.
Segundo
o advogado Luiz Fernando Pacheco, Genoino teve forte alteração na
pressão durante o voo de transferência de São Paulo a Brasília, que fez escala
em Belo Horizonte. Na Papuda, ele sentiu dores no peito, teve arritmia cardíaca
e taquicardia. A família do deputado contratou um médico particular para
acompanhá-lo durante a madrugada.
Com
base no laudo de três médicos, Pacheco pediu que ele vá para a prisão
domiciliar. O advogado já havia entrado no sábado (16/11) com outra
petição questionando a forma atual de encarceramento. “Um condenado ao regime
semiaberto não pode, ante as deficiências estatais, passar um minuto sequer num
regime prisional mais gravoso, como é o fechado”, afirmou o advogado. A defesa
de Dirceu também apresentou pedido nesse sentido.
“Requeri
que o Genoino fosse colocado imediatamente em regime semiaberto em uma unidade
prisional no estado de São Paulo, já que a Lei de Execução Penal determina que
o cumprimento da pena deve ser o mais perto possível da residência de sua
família.”
O
advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, disse que planeja
fazer o mesmo. “Essa transferência para Brasília foi um ato absolutamente
ilegal, não tem sentido nenhum”, afirma o advogado.
Por Felipe
Luchete
Via conju
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