O
Conselho Nacional de Justiça constatou que são 60 os presos assassinados no
complexo penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão, em 2013. Neste sábado (28)
, a Polícia Militar assumiu a responsabilidade pela segurança do
presídio.
A
Tropa de Choque da Polícia Militar entrou pela primeira vez na Penitenciária de
Pedrinhas para tentar retomar o controle do presídio.
Em
imagens cedidas pela Polícia Militar, é possível ver mulheres em pavilhões
masculinos. As celas não têm portas e um pedaço de pano serve de cortina. Há
destruição em vários setores do presídio por causa das rebeliões. Também há
muito lixo pelos pátios.
A
tropa de choque deve ocupar o presídio por 90 dias. "Se houver qualquer
problema, se houver qualquer indisciplina, com certeza nós vamos agir. Eles
serão responsáveis pelas consequências de seus atos", afirma o coronel
Ivaldo Barbosa, comandante do Policiamento Especializado.
A
ação da PM em Pedrinhas ocorre um dia após a entrega de um relatório feito pelo
Conselho Nacional de Justiça ao ministro Joaquim Barbosa,
presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal.
O
relatório atualiza para 60 o número de mortes este ano em Pedrinhas. Afirma que
a penitenciária está sob o controle de quadrilhas que agem com extrema
violência e que há superlotação no presídio.
O
conselho faz uma nova denúncia: de que no presídio foram encontrados doentes
mentais em situação de internação cautelar. E que este fato já se constitui
grave violação dos direitos humanos. E poderá ter outras consequências, como
eventual extermínio dos doentes mentais.
E
relata ainda: em dias de visita íntima, as mulheres de presos são postas todas
de uma só vez nos pavilhões e as celas são abertas. Os encontros íntimos,
segundo o documento, ocorrem em ambiente coletivo, facilitando o abuso sexual
contra as mulheres de presos sem comando nos pavilhões.
O
relatório recomenda que o Conselho Nacional de Justiça tenha uma atuação mais
intensa, para motivar o estado a melhorar as condições na Penitenciária de
Pedrinhas. O secretário de Justiça e Administração Penitenciária do Maranhão
contestou alguns pontos do relatório, mas reconheceu que é preciso haver
mudanças.
“A história não é arranjar culpados. É se unir todos, de forma integrada, para sairmos em conjunto dessa problemática que nós estamos inseridos, que não é só do Maranhão. É um problema nacional no sistema penitenciário do país como um todo", ressalta Sebastião Uchoa, sec. de Justiça e Adm. Penitenciária.
“A história não é arranjar culpados. É se unir todos, de forma integrada, para sairmos em conjunto dessa problemática que nós estamos inseridos, que não é só do Maranhão. É um problema nacional no sistema penitenciário do país como um todo", ressalta Sebastião Uchoa, sec. de Justiça e Adm. Penitenciária.
Por
Tv Globo
Ao se identificar seu comentário terá mais relevância.
EmoticonEmoticon