O Parlamento de Uganda aprovou
nesta sexta-feira (20) um projeto de lei que reprime a homossexualidade de modo
rigoroso, e que inclui prisão perpétua para os reincidentes, informaram a
imprensa e ativistas.
O
deputado David Bahati, que promoveu a lei, considerou que esse "voto contra
o demônio" é "uma vitória para Uganda".
"Estou
feliz de que o Parlamento tenha votado contra o mal", disse, explicando
que, na versão final, foi suprimida uma controversa cláusula sobre a pena de
morte.
"Uma
vez que somos uma nação que teme a Deus, valorizamos a vida de maneira
holística. Esses valores explicam que os deputados tenham adotado este projeto
de lei, sem se importar com a opinião do mundo exterior."
"Estou
oficialmente na ilegalidade", disse o militante gay Frank Mugisha, após a
decisão.
A
nova lei deve agora ser aprovada pelo presidente Yoweri Museveni.
O
projeto, proposto inicialmente em 2009, se encontrava em um "impasse"
por conta das críticas recebidas em nível internacional.
O
presidente dos EUA, Barack Obama, chegou a qualificá-lo de "odioso".
Em
princípio, ele previa a pena de morte para quem fosse flagrado pela segunda vez
realizando um ato homossexual, assim como para as relações em que um dos
participantes fosse menor de idade ou portador do vírus da Aids.
A
homossexualidade já é proibida em Uganda, mas esta nova lei endurece as penas e
criminaliza a defesa pública das relações entre pessoas do mesmo sexo,
inclusive os debates dos grupos de ativistas.
Por
G1
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