Uma
chuva de granizo foi registrada em pelo menos três municípios da região do
Agreste da Paraíba. O fenômeno, pouco comum na região onde predominam altas
temperaturas, assustou os moradores.
A
semana começou com a ocorrência de chuvas fortes e fenômenos atípicos em vários
locais da estado, segundo informaram os meteorologistas, depois do vórtice
ciclônico que causou destruição num distrito do municipio de Gurinhém.
Alagoa
Nova, no Agreste paraibano, Matinhas e Massaranduba, na região metropolitana de
Campina Grande, a 125 km de João Pessoa, enfrentaram fortes chuvas, ventanias,
raios, trovões e a queda de granizo na noite dessa segunda-feira (17).
Granizo
é a forma de precipitação que consiste na queda de pedaços irregulares de gelo,
comumente chamados de pedras de granizo. Essas pedras, na Terra, são compostas
por água no estado sólido e medem entre 5 e 200 mm de diâmetro, sendo as pedras
maiores provenientes de tempestades mais severas.
As
imagens com os pedaços de gelo nas ruas já circulam pelas redes sociais. O
internauta Falbanez Chaves, morador de Alagoa Nova, compartilhou na fanpage do
Portal Correio no algumas fotos que comprovam as ocorrências naturais.
“Dia
17/02/2014, esse dia vai ficar marcado na memória do alagoanovense, um temporal
que nunca foi visto na região assustou com muita chuva, vento e o mais
incrível, até granizo caiu!”, diz, admirado com o estrago provocado em várias
residências e num posto de combustível da cidade.
A
meteorologista da Agência Executiva de Gestão das águas (Aesa), Marle Bandeira,
explica que o Agreste paraibano está sob condições para ocorrência de chuvas de
granizo e isso tem relação com o vórtice ciclônico que passou por outras
cidades da mesma região, nessa segunda-feira.
A
última vez que houve chuva de granizo na Paraíba foi em novembro de 2013, na
cidade de Juazeirinho, pelas mesmas razões meteorológicas.
Seis
cidades da Paraíba ficaram parcialmente sem energia na Paraíba, nessa
segunda-feira, de acordo com a assessoria de imprensa da Energisa,
concessionária de energia elétrica do estado. A interrupção temporária foi
provocada pela incidência de fortes chuvas e ventos nas regiões do Agreste,
Brejo, Curimataú e parte do litoral. O fornecimento foi interrompido em pontos
de Itabaiana, Caldas Brandão, Gurinhém, Massaranduba, Alagoa Nova e João
Pessoa.
Uma
das localidades cidades mais atingidas foi Gurinhém, localizada a 75km de João
Pessoa na região do Agreste da Paraíba. No distrito de Boqueirão, o teto de
dois postos de combustíveis foi destruído, casas foram destelhadas, muro caído
e árvores derrubadas pela força dos ventos.
A
localidade ficou às escuras por horas devido à queda de torres de alta tensão.
Ainda na região do Agreste, as cidades de Itabaiana e Caldas Brandão, ficaram
sem energia elétrica. O abastecimento já foi normalizado.
As
fortes chuvas também ocorreram no município de Remígio, no Agreste. A
intensidade das águas elevou o nível da Lagoa Parque Remígio, situada no centro
da cidade, e o local ficou temporariamente intransitável.
No
Cariri paraibano, as chuvas trouxeram esperança para os agricultores de
Taperoá, cidade localizada a 250 km de João Pessoa. Por volta das 19h40,
segundo os moradores, foram registradas as primeiras ocorrências de chuvas.
Algumas ruas do centro da cidade ficaram alagadas e a população comemorou.
Taperoá está na lista das cidades que tiveram a situação de emergência
decretada em virtude da seca.
Em
João Pessoa, a noite de segunda também foi de muita chuva. Algumas avenidas
ficaram alagadas e em alguns trechos o tráfego foi interrompido. Segundo a
Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob) da Capital, o trânsito ficou
lento em alguns pontos, mas sem congestionamento. Não foi registrado acidente.
Folha do Sertão
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