O ministro da Integração (MI), Francisco Teixeira, o
secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), Adriano Pereira Júnior,
o vice-governador do Acre, César Messias, o governador de Rondônia, Confúcio
Moura, e representantes de entidades federais se reuniram para discutir
maneiras de evitar um possível isolamento do Acre e, ainda, sinalizar apoio a
Rondônia, que sofre com a cheia do Rio Madeira. A conversa foi realizada na
base área de Porto Velho, na manhã desta terça-feira, 25, com apresentações
técnicas e discussões sobre o assunto.
Segundo o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), o
Rio Madeira deve continuar com elevação das águas até o fim da primeira
quinzena de março, o que pode causar o isolamento do Acre pela BR-364, única
ligação terrestre que aproxima o estado do restante do Brasil. Para o ministro
Francisco Teixeira, esse é o momento de tomar medidas ainda mais efetivas: “As
preocupações aumentam, mas ações integradas do governo federal, estadual e
municipal estão tendo os efeitos esperados e amenizam a situação”.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (Dnit) também alertou para o fechamento da BR-364, em definitivo,
durante a cheia. Atualmente, apenas caminhões possuem permissão para fazer a
travessia, acompanhados constantemente pela Polícia Rodoviária Federal (PRF),
no trecho alagado próximo à cidade de Jaci Paraná (RO).
“A
nossa preocupação maior é saber até quando essa enchente vai permanecer.
Segundo a Defesa Civil Nacional, a cota pode ultrapassar os 19 metros e, com
isso, estrangular de vez o transporte para o Acre. Estamos fazendo tudo o que
podemos para evitar o pior”, garante o vice-governador César Messias. Ele
também lembrou que o governador Tião Viana tem articulado diversas maneiras
para manter o abastecimento, inclusive com o transporte de combustíveis vindo
de Cruzeiro do Sul e análise da possibilidade de circulação pela Estrada
Interoceânica. Em seguida, César Messias viajou a Manaus para discutir maneiras
de enviar insumos, por meio de balsas, com o empresariado local.
Ainda
segundo o Sipam, essa é uma situação extremamente anômala, levando em consideração
que as cheias do Rio Madeira costumam acontecer em março e abril. Para o
secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Adriano Pereira Júnior, é hora
de parar de atuar emergencialmente e começar a se antecipar nas ações. “Se o
rio chegar a 19 metros, a nossa pergunta, hoje, é: como vamos abastecer o Acre?
Eu estou solicitando ao governo que sejam enviados os dados do que precisariam
para evitar a situação, para que definamos o abastecimento”, explica Adriano
Júnior.
Acompanhando
o ministro da Integração, o senador Jorge Viana ressalta que a situação pegou a
todos de surpresa. “As estradas tem que ter uma recorrência de pelo menos 100
anos. Um rio alagar é normal, mas uma estrada alagar não é normal. A engenharia
será questionada sobre isso. Iremos resolver politicamente, claro, porque a
população precisa de uma resposta oficial”, disse.
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