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Foto: Mauro Pimentel / Terra |
Reduto
do crime organizado do Rio de Janeiro, o complexo de favelas da Maré, na zona
norte da capital fluminense, está sendo ocupado desde as primeiras horas deste
domingo pelas forças de segurança do Estado no primeiro passo para a instalação
de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) na região que compreende 15 favelas
no total, com aproximadamente 130 mil moradores.
Participam
da operação 1.180 policiais militares de várias unidades, entre elas
o Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Policiais Especiais
(Bope), além de policiais da Corregedoria Interna da PM. O Bope vai entrar e
ocupar as favelas Nova Holanda e Parque União, enquanto que o Batalhão de
Choque as outras 13 favelas. Da Polícia Civil, o efetivo no local é de 132
pessoas. Uma base móvel do Instituto Félix Pacheco está instalada no 22º
BPM (Maré) para fazer a identificação biométrica de suspeitos.
Além
disso, os policiais militares usarão 14 blindados disponibilizados pela
Marinha e um blindado do Batalhão de Polícia de Choque. Agentes do Comando
de Operações Táticas da Polícia Federal e do Núcleo de Operações Especiais da
Polícia Rodoviária Federal apoiam a operação.
De
acordo com a Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro, as
comunidades que fazem parte do Complexo da Maré e serão ocupadas
são: Praia de Ramos, Parque Roquete Pinto, Parque União, Parque Rubens
Vaz, Nova Holanda, Parque Maré, Conjunto Nova Maré, Baixa do Sapateiro, Morro
do Timbau, Bento Ribeiro Dantas, Vila dos Pinheiros, Conjunto Pinheiros,
Conjunto Novo Pinheiros (Salsa&Merengue), Vila do João e Conjunto
Esperança.
O
intuito da secretaria de Segurança Pública do Estado é abrir espaço para a
entrada do Exército no local, que a exemplo do que ocorreu no complexo de
favelas do Alemão, fará a ocupação do local até que o efetivo da Polícia
Militar forme o novo efetivo para atuar na Maré – o acordo foi feito junto com
ao Ministério da Justiça por intermédio do secretario José Mariano Beltrame e o
governador Sérgio Cabral.
O
clima no sábado nas comunidades da Maré era de aparente tranquilidade, uma vez
que grande parte dos criminosos já deixaram o local, que, diferentemente de
outras regiões, tem o domínio de três facões distintas: duas do tráfico de
drogas, rivais, além de milicianos.
A
Justiça, no último sábado, autorizou a PM a fazer, além do trabalho tradicional
de varredura na busca de armas e drogas, a entrar em todas as residências de
duas comunidades específicas: favela Nova Holanda e Parque União, tidas como as
mais complicadas no que se refere à atuação do tráfico de drogas na região.
No
total, atualmente, o Rio de Janeiro conta com 38 UPPs – ainda não existe uma
definição de quantas unidades serão instaladas na Maré. No último sábado, na
véspera da ocupação definitiva (homens do Bope já atuam há mais de uma semana
na região), o governador Sérgio Cabral citou como “muito significativa” a
tomada de controle de território “para que a sociedade e poder público possam
entrar no local agora com tranquilidade”.
Terra
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