Apontado
como o maior assassino em série do País, o ex-mecânico de bicicletas Francisco
das Chagas Brito - acusado de assassinar 42 meninos entre 8 e 15 anos - foi
condenado a mais 108 anos e 6 meses de prisão pelo assassinato de outras três
crianças: Raimundo Nonato da Conceição Filho, de 11 anos, Eduardo Rocha da
Silva, de 10, e Edivam Pinto Lobato, de 12.
Os
dois primeiros foram mortos em um matagal na Vila Nova Jerusalém, em 1997, e o
terceiro teve o corpo encontrado em uma construção nas proximidades da Vila São
José, em 2001. Os crimes ocorreram no município de Paço do Lumiar (MA), que faz
parte da Região Metropolitana de São Luís.
O
julgamento durou 18 horas e foi tenso. Já na chegada, o réu tentou agredir
familiares e jornalistas que cobririam o julgamento, depois de ter sido xingado
pelos parentes das três vítimas.
Após
a argumentação da acusação e da defesa, os jurados acataram a tese do
Ministério Público de que o réu teria cometido homicídio triplamente
qualificado: motivo torpe, emprego de meio cruel e não possibilidade de defesa
das vítimas. Brito também foi condenado pelo crime de vilipêndio (desrespeito)
a cadáver.
Outros casos. Brito é acusado de ter matado 30 meninos no
Maranhão e mais 12 em Marabá, no Pará, entre 1991 e 2004, em um caso que ficou
conhecido como os assassinatos dos meninos emasculados, que chegou a gerar uma
condenação para o Brasil pela Organização de Estados Americanos (OEA). Com
esses novos julgamentos, o serial killer já tem 11 condenações, que somam 385
anos e 6 meses de prisão.
Brito
ainda deverá ser julgado pelo menos mais 25 vezes, por causa dos processos em
que figura como réu em decorrência dos crimes praticados. Os processos tramitam
na 1.ª e na 2.ª vara da cidade de São José de Ribamar, na 1.ª Vara de Paço do
Lumiar e 9.ª Vara Criminal de São Luís. Nas varas de São José de Ribamar
existem 14 processos contra o mecânico, um na capital e outros nove em Paço do
Lumiar.
Via
Estadão
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