PM ocupa o Morro do Juramento, Rio, na noite desta sexta-feira

PM ocupa o Morro do Juramento, Rio, na noite desta sexta-feira

Policiais militares promovem uma ocupação no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, Zona Norte do Rio, na noite desta sexta-feira (21). A informação foi confirmada pelo serviço reservado do 41° BPM (Irajá).

De acordo com a unidade policial, a ocupação teve início por volta das 20h e envolvia policiais de outros batalhões da PM, entre eles o 9° BPM (Rocha Miranda) e 14º BPM (Bangu). De acordo com o 41° BPM, até as 22h30 não havia registro de confronto com criminosos da região.

A ocupação, que ainda acontecia por volta das 23h, foi um dia após ataques em três comunidades pacificadas da Zona Norte. Em um deles, o mais grave, o comandante da UPP Manguinhos foi baleado e cinco bases da UPP Mandela, além de dois carros da PM, foram incendiados. Outro policial ficou ferido.

Operação no Chapadão
Também na noite desta sexta-feira (21), uma operação policial comandada pelo Batalhão de Policiamento de Choque era realizada no Morro do Chapadão, em Costa Barros, também na Zona Norte da cidade. De acordo com o serviço reservado da unidade, os agentes vasculhavam a comunidade em busca de armas e drogas. Detalhes da ação não foram informados.

Ações orquestradas
A Polícia Militar do Rio de Janeiro acredita que as ações criminosas que ocorreram em três UPPs da Zona Norte tenham sido orquestradas. O comandante-geral das UPPs, Coronel Frederico Caldas, disse na manhã desta sexta-feira (21) que nunca houve um evento tão extremo como o que ocorreu em Manguinhos.

"Não temos mais dúvidas de que o que aconteceu em Manguinhos, Arará, Mandela e Camarista/Méier foram ações orquestradas. Apesar de ser uma área de hostilidade, em Manguinhos nunca tivemos um evento tão extremo como o que aconteceu ontem. Cinco das sete bases foram incendiadas e algumas viaturas também", disse coronel Frederico Caldas.

Apesar da relação entre os ataques, Caldas exclui a troca de tiros no Conjunto de Favelas do Alemão desta lista. Segundo ele, a ação no Alemão, também na noite de quinta, foi pontual.

Apoio de tropas federais
O governo anunciou nesta sexta-feira (21) que vai enviar tropas federais para ajudar na segurança pública no Rio de Janeiro. O anúncio foi feito pelo governador Sérgio Cabral (PMDB) e pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, após reunião com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.

O governador foi a Brasília para pedir auxílio ao governo federal, depois de ataques a Unidades de Polícia Pacificaddora (UPP) na capital fluminense. O comandante da UPP de Manguinhos foi baleado e um PM levou uma pedrada na cabeça. Os dois foram socorridos e não correm risco de morrer.

O ministro e o governador não informaram quais serão as tropas federais que vão para o estado nem a quantidade de homens que serão enviados. De acordo com Cardozo, as informações são mantidas em sigilo por motivo de segurança.

"Que forças vão, onde vão atuar, como vão intervir, não vou responder. Questões de segurança pública são tratadas sigilosamente", afirmou o ministro.

Cabral disse que, ao ceder as tropas, a presidente deu uma prova de "solidariedade". "O fato é que teremos das forças federais o apoio que nunca nos faltou. A presidente Dilma Rousseff nunca nos faltou com seu apoio e sua solidariedade. É mais uma hora de prova dessa solidariedade com o estado do Rio em um setor tão importante como a segurança", afirmou o governador.

Na noite desta quinta-feira (20), houve ataques às comunidades pacificadas de Manguinhos, Camarista Méier e Complexo do Alemão. Dois policiais ficaram feridos. As regiões amanheceram com policiamento reforçado. As Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) da cidade estão em alerta máximo, segundo o comandante das bases, Frederico Caldas.

Cabral atribuiu os ataques às UPPs a uma tentativa de "desmoralizar" a política e segurança do Rio. "Eles querem que nós recuemos. Nós vamos avançar, com o apoio da presidente Dilma e do governo federal. É um momento em que as UPPs estão sendo provocadas, uma tentaiva clara de desmoralizar a politica de pacificação que fez do Rio de Janeiro uma referência em ocupação territorial", disse o governador.

Cardozo e Cabral informaram que na próxima segunda-feira (24), no Rio, haverá uma reunião entre representantes do Ministério da Justiça, do Ministério da Defesa e do governo estadual para definir detalhes do auxílio federal no plano de segurança.

No entanto, de acordo com Cardozo, o reforço das tropas federais já estará disponível neste fim de semana, caso seja necessário.

"Sem prejuízo à nossa reunião de segunda, o governo federal já estará apoiando medidas que possam ser tomadas no fim de semana. Governo federal e governo do Rio são mais fortes juntos que o crime organizado", disse o ministro.

Cardozo foi questionado por jornalistas sobre a segurança na Copa do Mundo. Ele afirmou que o governo "está seguro de que teremos uma excelente Copa". "Temos um plano para a Copa do Mundo, que foi exaustivamente discutido com os governos estaduais", afirmou.

Fonte: Portal G1

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