Em carta enviada ao líder do PT na Casa, Vicentinho (SP), Vargas diz que decidiu apresentar sua carta de renúncia à vice-presidência da Câmara devido à instauração hoje (9) de processo no Conselho de Ética para apurar denúncias apresentadas contra ele.
“Tomo esta decisão para me concentrar em minha defesa perante o Conselho de Ética e para não prejudicar o andamento dos trabalhos da Mesa Diretora, e também de preservar a imagem da Câmara, do meu partido e de meus colegas deputados”, afirmou Vargas, que se licenciou do mandato parlamentar por 60 dias, após as denúncias de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.
Na carta de renúncia, o parlamentar relata que tem enfrentado “intenso bombardeio dedenúncias e má interpretações lançadas por alguns veiculos da imprensa”. O deputado ressaltou que as denúncias são vazamentos ilegais de informações, que terá oportunidade de esclarecer quando apresentar sua versão dos fatos. “Enfrentarei tranquilamente este processo na certeza de que provarei, ao final, que não cometi nenhum ato ilícito. Sigo, com muito orgulho de minha história politica e minha luta, ao lado de tantos companheiros, em defesa do povo paranaense e pela construção de um Brasil melhor”, conclui o deputado.
Vicentinho disse que conversou com André Vargas e que está convicto de que este não renunciará o mandato parlamentar. “Ele está firme na decisão de não renunciar ao mandato para ter o direito de se defender das acusações. A renúncia à vice-presidência ajuda a preservar a imagem da Câmara e do partido”, destacou Vicentinho.
Próximas ações
O PT terá de indicar um parlamentar para o cargo deixado por Vargas. Segundo Vicentinho, o partido ainda não tem um nome definido para indicar, essa definição irá ocorrer nos próximos dias. O indicado terá que passar por votação do plenário da Câmara.
DN
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