A Medalha Fields foi concedida pela primeira vez em 1936 e, a cada edição, é entregue a, no máximo, quatro matemáticos com idade inferior a 40 anos, que tenham feitos notáveis. Ao todo, 52 matemáticos já receberam o prêmio. É um reconhecimento equivalente ao Prêmio Nobel da matemática.
A carreira de Avila começou cedo. Segundo informações disponíveis no portal da Academia Brasileira de Ciências, Artur Avila ganhou a medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Matemática no Canadá, aos 16 anos, vencendo 411 oponentes de 72 países. Desde então, ainda cursando o ensino básico, o carioca passou a frequentar as disciplinas da pós-graduação do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), onde concluiu seu mestrado junto com o ensino médio. Assim, Avila não cursou graduação e foi direto para o doutorado no Impa, sob a orientação do acadêmico Welington de Melo.
Com 19 anos, Avila trabalhava em sua tese de doutorado na teoria de sistemas dinâmicos, concluída em 2001, quando partiu para um pós-doutorado na França. De 2003 a 2008, teve uma posição permanente no Centro Nacional de Pesquisa Científica, em Paris, e em 2008, tornou-se o mais jovem matemático promovido a diretor de pesquisa daquela instituição. Ele ocupa a posição até hoje, dividindo o ano entre a instituição em Paris e o Impa, no Rio de Janeiro.
Os principais trabalhos científicos de Avila estão relacionados à teoria de renormalização, que desempenhou um papel fundamental na física de partículas e deu a Richard Feynman o Nobel de Física de 1965, e em física estatística, área em que Kenneth Wilson foi contemplado com o Nobel de 1982.
Jornal da Mídia
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