Os acusados presos foram identificados como: John Wendel da Silva Pereira, de 31 anos, conhecido como “Dudu”, que já respondia por tráfico de drogas e furto; e Francisco André Lima Pereira, 28, que respondia por lesão corporal
Dois homens foram presos e 90 quilos de maconha apreendidos durante uma operação da Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD), realizada na última segunda-feira, no bairro Passaré, na Capital. Entretanto, para além da captura dos acusados e da droga recolhida, chamou a atenção dos agentes da Polícia Civil a forma como um deles costumava circular pelas ruas do bairro: ostentando uma vida luxuosa. Na casa do principal acusado, um grosso colar dourado, com pingente na forma de cifrão ($), foi encontrado. O adereço, contudo, é falso.“A maioria dos traficantes gosta de ostentar o luxo. No caso dele, mais ainda. Tinha casa com câmeras de segurança na entrada, para observar uma possível ação da Polícia, e portão automático diferenciado. Tinha carro de luxo na garagem e só utilizava roupas de grife”, detalhou o diretor da DCTD, delegado Pedro Viana. “Eles gostam de aparentar que têm status. Tentam se passar por bem sucedidos. Demonstram que têm como responder, por exemplo, a grandes encomendas de drogas”, completou o diretor-adjunto da unidade, delegado Sérgio Pereira.
Os acusados presos foram identificados como: John Wendel da Silva Pereira, de 31 anos, conhecido como “Dudu”, que já respondia por tráfico de drogas e furto; e Francisco André Lima Pereira, 28, que respondia por lesão corporal. Esse último foi apontado como proprietário do imóvel, das drogas e do material apreendido. A prisão dos acusados ocorreu por volta das 14h40min, depois que André deixou sua residência, localizada na rua Amélia Alves Bezerra.
“Esperamos ele sair de casa e o abordamos apenas na avenida Perimetral, para ele não suspeitar que estava sendo seguido. Na hora, ele alegou que mantinha em casa apenas três quilos de maconha e justificou que atuava no ramo de confecção. Falou que o veículo era financiado e que a casa era alugada. Mas, quando fomos até lá, encontramos o restante do material e prendemos o segundo acusado, que dormia numa rede, em um dos quartos”, disse Pedro Viana.
Na residência, foram apreendidos: 90 tijolos de maconha, pesando um quilo cada; 500 pedras de crack embaladas para venda; uma pequena quantidade de cocaína; uma caixa de pistola modelo Taurus, com kit de limpeza; balanças de precisão; celulares; o automóvel modelo Toyota Corolla, que o acusado dirigia; e uma motocicleta. Segundo a Polícia, existe a possibilidade de que o veículo estivesse sendo utilizado para cometer homicídios pela região, o que também será investigado.
Ex-recruta do Exército
Já a pistola foi encontrada na casa de um jovem de 22 anos, no bairro Vila União, para quem André afirmou que teria emprestado a arma. O suspeito já foi recruta do Exército e também mantinha em casa balanças de precisão e fardamentos das Forças Armadas. O material foi apreendido e as fardas serão devolvidas ao Exército, segundo o delegado. O suspeito teve o mandado de prisão solicitado. Ele está sendo procurado pela Polícia por suposta associação para o tráfico e posse de arma de fogo.
Já os dois acusados presos estão sendo mantidos na carceragem da DCTD, à disposição da Justiça. A dupla responderá por tráfico, associação para o tráfico e, no caso do André, por posse de arma de fogo. (Thiago Paiva)
A Polícia chegou até os acusados após a prisão de um homem e apreensão de três adolescentes, no último dia 20 de junho, na rua Joaquim Magalhães, no José Bonifácio. Com os acusados foram encontradas armas e drogas. Após as investigações sobre a atuação do grupo, os agentes descobriram que todos os integrantes da quadrilha residiam na Comunidade da Rosalina, no Parque Dois Irmãos, vizinho ao Passaré.
Também foi descoberto que a droga apreendida na ocasião pertencia a Francisco André, o que deu início à operação. Durante o inquérito, os policiais apuraram que André comandava parte do tráfico de drogas no José Bonifácio e no Passaré, apesar da distância entre os bairros. A ligação seria feita pelo John Wendel, conhecido como Dudu, que foi preso no Passaré, mas residia na residência do José Bonifácio, onde foram efetuadas as prisões em junho.
Essa foi a primeira apreensão considerável de drogas após a inauguração da DCTD, no Bairro de Fátima.
Fonte: O POVO
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