As declarações foram dadas na 5ª Delegacia de Polícia Civil.“Não sou um criminoso. Jamais tive a intenção de tirar a vida de pessoas inocentes, jamais eu teria a intenção de tirar a minha própria vida. Fui muito cauteloso ontem, durante o andamento dos nossos trabalhos”, disse. “Tudo o que eu fiz foi pelo cidadão brasileiro.
Tudo o que eu faço é pelo cidadão brasileiro. Tenho que agradecer muito a Deus que tocasse no coração daqueles fuzileiros que não me dessem aquela bala ontem. Deus predestinou que eu iria lutar e irei lutar. Eu não abaixarei a cabeça.”
De acordo com Souza, a ação vem sendo planejada desde dezembro de 2012. Ele conta que tentou entregar uma carta ao governo de Tocantins, onde mora, com seis solicitações relacionadas a política. No documento, ele dizia ter uma doença em estágio terminal. O homem afirma que a falta de resposta o impulsionou se programar “para uma ação maior”.
Souza disse que confeccionou sozinho os explosivos falsos – usando cano de PVC, serragem e cimento – e que comprou a arma de brinquedo e as algemas na Feira dos Importados. Ele escolheu o Hotel Saint Peter em lembrança ao fato de José Dirceu, condenado no julgamento do mensalão, ter recebido oferta para trabalhar no estabelecimento com um salário de R$ 20 mil.
De acordo com Souza, a ação vem sendo planejada desde dezembro de 2012. Ele conta que tentou entregar uma carta ao governo de Tocantins, onde mora, com seis solicitações relacionadas a política. No documento, ele dizia ter uma doença em estágio terminal. O homem afirma que a falta de resposta o impulsionou se programar “para uma ação maior”.
Souza disse que confeccionou sozinho os explosivos falsos – usando cano de PVC, serragem e cimento – e que comprou a arma de brinquedo e as algemas na Feira dos Importados. Ele escolheu o Hotel Saint Peter em lembrança ao fato de José Dirceu, condenado no julgamento do mensalão, ter recebido oferta para trabalhar no estabelecimento com um salário de R$ 20 mil.
O homem chegou a Brasília no domingo e também deixou explosivos falsos na Rodoviária do Plano Piloto e no Aeroporto JK. Além disso, escreveu cartas de despedida a familiares como forma de dar maior “veracidade”.
“Subi para o quarto às 7h e liguei na recepção para chamar a camareira. Fechei a porta, saquei a arma de cetim. Vi que ela não estava preparada, ficou muito nervosa. Ela poderia morrer, e eu jamais quis matar uma pessoa. Posteriormente, liguei para a recepção e pedi para subir o rapaz. Foi o mesmo que me atendeu cedo. Ele passou a noite trabalhando, vi que ele estava cansado, não ia fazer isso com ele”, explicou.
Souza disse que então perguntou por algum funcionário que estivesse iniciando o plantão e solicitou a ida dele ao quarto. Quando o mensageiro José Ailton de Souza chegou, ele o questionou sobre o estado de saúde e disse ter o escolhido porque “ele tinha boa saúde”. Em entrevista ao G1, o funcionário afirmou que está com “a cabeça muito confusa” e que não tem previsão para voltar a trabalhar.
Responsável pelas investigações, o delegado Marco Antônio de Almeida disse desconsiderar a possibilidade de que o homem precise passar por uma avaliação psiquiátrica. “O discurso dele é muito coerente. Pode até ser que ele tenha algum nível de patologia, mas pessoalmente não acredito ser o caso.”O delegado disse também que a equipe acreditou na possibilidade de um ataque terrorista e que os atiradores ficaram posicionados à espera de autorização para disparar contra o suspeito. “Ele correu um risco muito grande de se autorizar o uso de uma força letal para cessar aquela ameaça. O tomador de decisão cogitou essa possibilidade.”
Ainda segundo Almeida, os negociadores perceberam que o mensageiro começou a desenvolver a Síndrome de Estocolmo – quando a vítima passa a se afeiçoar ao sequestrador. “O senhor Ailton auxiliava o Jac. Dizia: ‘olha, cuidado, tem alguém ali, podem te atingir. Olha, ali tem uma luz’”, explica.
A vítima passou todo o tempo que durou o sequestro usando um colete com dinamites falsas e sob a mira de uma pistola de brinquedo por um homem que exigia reforma política no Brasil. O mensageiro, que mora no Novo Gama (GO) e trabalha no estabelecimento há três anos, afirma que não pretende dar detalhes sobre o caso. “Já declarei tudo à delegada”.
Segundo o delegado Paulo Henrique de Almeida, ele falou em depoimento que não sabia que a arma e o explosivo eram falsos e que sentiu medo. “Ele foi claro em falar com a gente que ele ficou bem amedrontado. Disse: ‘Se eu soubesse que era falso, eu poderia até ter reagido’. Tinha policial por perto, se ele gritasse que não eram verdadeiros seria socorrido na hora.”
A polícia acredita que Souza agiu sozinho. De acordo com delegado, o homem responderá por sequestro, com agravante de prejuízo moral à vítima. A pena varia de 2 a 8 anos de prisão, e não há possibilidade de fiança. O sequestrador ainda pode receber multa referente aos custos da operação, que envolveu mais de 150 policiais.
Horas de pânico
Os hóspedes do hotel Saint Peter foram orientados a deixar o prédio, depois que o sequestrador fez o refém e anunciou um "ataque terrorista". Foram mais de sete horas de cativeiro. Por diversas vezes, o sequestrador e o refém apareceram na sacada do apartamento, localizado no 13º andar do hotel.
O mensageiro aparecia com as mãos algemadas. Já perto do fim da ação, o sequestrador e o funcionário do hotel apareceram com os pulsos unidos pelas algemas. O mensageiro já estava já sem o colete com as supostas dinamites.
Durante todo o tempo que durou o sequestro, atiradores de elite da Polícia Civil foram posicionados em prédios próximos ao hotel e aguardavam orientação para abater o sequestrador.
Durante o sequestro, a polícia trabalhava com uma chance de 98% de que os explosivos fossem verdadeiros. A todo tempo, Souza mostrava aos policiais que estava em posse de uma arma, que também se revelou ser falsa.
“Subi para o quarto às 7h e liguei na recepção para chamar a camareira. Fechei a porta, saquei a arma de cetim. Vi que ela não estava preparada, ficou muito nervosa. Ela poderia morrer, e eu jamais quis matar uma pessoa. Posteriormente, liguei para a recepção e pedi para subir o rapaz. Foi o mesmo que me atendeu cedo. Ele passou a noite trabalhando, vi que ele estava cansado, não ia fazer isso com ele”, explicou.
Souza disse que então perguntou por algum funcionário que estivesse iniciando o plantão e solicitou a ida dele ao quarto. Quando o mensageiro José Ailton de Souza chegou, ele o questionou sobre o estado de saúde e disse ter o escolhido porque “ele tinha boa saúde”. Em entrevista ao G1, o funcionário afirmou que está com “a cabeça muito confusa” e que não tem previsão para voltar a trabalhar.
Responsável pelas investigações, o delegado Marco Antônio de Almeida disse desconsiderar a possibilidade de que o homem precise passar por uma avaliação psiquiátrica. “O discurso dele é muito coerente. Pode até ser que ele tenha algum nível de patologia, mas pessoalmente não acredito ser o caso.”O delegado disse também que a equipe acreditou na possibilidade de um ataque terrorista e que os atiradores ficaram posicionados à espera de autorização para disparar contra o suspeito. “Ele correu um risco muito grande de se autorizar o uso de uma força letal para cessar aquela ameaça. O tomador de decisão cogitou essa possibilidade.”
Ainda segundo Almeida, os negociadores perceberam que o mensageiro começou a desenvolver a Síndrome de Estocolmo – quando a vítima passa a se afeiçoar ao sequestrador. “O senhor Ailton auxiliava o Jac. Dizia: ‘olha, cuidado, tem alguém ali, podem te atingir. Olha, ali tem uma luz’”, explica.
A vítima passou todo o tempo que durou o sequestro usando um colete com dinamites falsas e sob a mira de uma pistola de brinquedo por um homem que exigia reforma política no Brasil. O mensageiro, que mora no Novo Gama (GO) e trabalha no estabelecimento há três anos, afirma que não pretende dar detalhes sobre o caso. “Já declarei tudo à delegada”.
Segundo o delegado Paulo Henrique de Almeida, ele falou em depoimento que não sabia que a arma e o explosivo eram falsos e que sentiu medo. “Ele foi claro em falar com a gente que ele ficou bem amedrontado. Disse: ‘Se eu soubesse que era falso, eu poderia até ter reagido’. Tinha policial por perto, se ele gritasse que não eram verdadeiros seria socorrido na hora.”
A polícia acredita que Souza agiu sozinho. De acordo com delegado, o homem responderá por sequestro, com agravante de prejuízo moral à vítima. A pena varia de 2 a 8 anos de prisão, e não há possibilidade de fiança. O sequestrador ainda pode receber multa referente aos custos da operação, que envolveu mais de 150 policiais.
Horas de pânico
Os hóspedes do hotel Saint Peter foram orientados a deixar o prédio, depois que o sequestrador fez o refém e anunciou um "ataque terrorista". Foram mais de sete horas de cativeiro. Por diversas vezes, o sequestrador e o refém apareceram na sacada do apartamento, localizado no 13º andar do hotel.
O mensageiro aparecia com as mãos algemadas. Já perto do fim da ação, o sequestrador e o funcionário do hotel apareceram com os pulsos unidos pelas algemas. O mensageiro já estava já sem o colete com as supostas dinamites.
Durante todo o tempo que durou o sequestro, atiradores de elite da Polícia Civil foram posicionados em prédios próximos ao hotel e aguardavam orientação para abater o sequestrador.
Durante o sequestro, a polícia trabalhava com uma chance de 98% de que os explosivos fossem verdadeiros. A todo tempo, Souza mostrava aos policiais que estava em posse de uma arma, que também se revelou ser falsa.
G1
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