Fortaleza tem o menor índice de homens fumantes, diz ministério

Fortaleza tem o menor índice de homens fumantes, diz ministério

Fortaleza tem o menor índice de homens fumantes entre as capitais brasileiras, de acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira (28) pelo Ministério da Saúde. Segundo o estudo, 8,6% dos homens são fumantes na capital cearense; Salvador (9%) e São Luís (9,3%) são as capitais com os menores índices depois de Fortaleza.

Em relação ao público geral, com homens e mulheres, Fortaleza se encontra na 10ª posição entre as capitais com o menor número de fumantes (7,6% da população). São Luís aparece em primeiro, onde 5,5% das pessoas são fumantes, de acordo com o Ministério da Saúde.De acordo com o estudo, o hábito de fumar é mais comum entre os homens (12,8%) do que entre as mulheres (9%). O levantamento mostra ainda que 21% dos brasileiros se declaram ex-fumantes.

A faixa etária que mais consome cigarros é de pessoas entre 45 e 54 anos (13,2%). A que menos faz uso deles é a que vai dos 18 aos 24 anos (7,8%). A experimentação entre adolescentes de 13 a 15 anos caiu de 24,2%, em 2009, para 19,6%, em 2012.

O cigarro ainda contribui para 25% das mortes por anginas e por infartos do miocárdio, 45% das mortes por infartos em pessoas com menos de 65 anos, 85% das mortes por bronquite crônica e enfisema pulmonar.

Redução do número de fumantes

O número de fumantes caiu 30,7% no Brasil nos últimos nove anos. De 2006 a 2009, a porcentagem de brasileiros fumantes caiu de 15,6% para 10,8%. O governo tem como meta chegar a 9,1% de fumantes no país até 2020. Em 2013 e 2014, foram gastos R$ 41 milhões para a compra de medicamentos utilizados no tratamento contra o tabagismo.

Campanha

O ministério também divulgou nesta quinta uma nova campanha contra o tabagismo. Ela traz o vermelho como cor principal e alerta a população sobre os danos causados pelo cigarro e derivados do tabaco. Ela será veiculada na internet, no rádio e em meios impressos.

Para o ministério, algumas medidas que ajudaram para a redução no número de fumantes foram a política de preços mínimos, proibição da propaganda de cigarro, proibição do fumo em ambientes fechados de uso coletivo, o aumento da taxação de maços e o aumento das advertências em embalagens.

"Hoje o Brasil é reconhecido internacionalmente. [A redução] é resultado de uma ação intersetorial", afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

No Brasil, o tabagismo é responsável por 200 mil mortes por ano, segundo o ministério. O tabaco também está relacionado a 90% dos casos de câncer de pulmão. Estima-se que 27.330 novos casos desse tipo de câncer devem surgir no país em 2015.*G1

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