A conta do novo reajuste dos serviços de fornecimento de água potável e de esgotamento sanitário realizados pela Cagece tem por base alguns indicadores, a começar pelo reajuste recente no preço da água bruta, da ordem de 18,5%, aplicado pela Companhia de Gestão de Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh). "É provável que (o reajuste das tarifas deste ano) seja superior a dois dígitos", confirmou, na tarde de ontem, o coordenador econômico e tarifário da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados (Arce), Mário Monteiro Parente.
Novo modelo
De acordo com ele, além da água bruta e da energia, cujo impacto nas tarifas é da ordem de 11,04% da receita operacional da Cagece, outros fatores irão contribuir neste ano, com um reajuste maior nas contas de água e esgoto. No ano passado, os serviços ofertados pela Companhia aumentaram 7,3%, para os usuários da Capital, e 7,5% para os consumidores de 150 municípios do interior.
Entre estes fatores estão a própria escassez e a baixa qualidade da água bruta ofertada no Estado, decorrente da seca, o que elevou os custos de tratamento e distribuição, além do novo modelo tarifário, em fase de conclusão pela Arce. Conforme explicou Parente, o novo sistema de cálculo das tarifas da Cagece não mais será baseado apenas na elevação dos custos e do índice inflacionário relativos ao ano anterior do aumento, o que vem acontecendo há três anos.
A partir deste ano, irá considerar também os custos dos ativos da empresa, as despesas realizadas, a eficiência dos serviços prestados e o custo dos investimentos futuros. Para Parente, o novo sistema irá tornar o modelo tarifário mais transparente, mais justo economicamente, além do que permitirá capitalizar a Companhia para novos investimentos.
Ele reconhece, porém, que a mudança pode elevar ainda mais as tarifas, tendo em vista que irão embutir os investimentos futuros, propostos pela companhia, mas que ainda não foram realizados. No modelo tarifário atual, a conta é feita com base nos investimentos já realizados.
"O novo modelo já traz o plano de investimentos, o consumidor já vai saber quanto a Cagece pretende investir nos anos futuros, no que ela vai gastar", explicou Parente. De acordo ainda com ele, "o desenho do novo modelo já está pronto, estando faltando apenas a conferência das informações contábeis enviadas pela Cagece, para o fechamento da revisão tarifária". A previsão é que o trabalho sejam concluído em julho próximo, após três anos em execução.
Segundo dados dispostos no relatório de contas da Cagece, relativo ao ano de 2013, os investimentos previstos para este ano são da ordem de R$ 128,31 milhões, um pouco mais da metade (52%), dos R$ 245,18 milhões que estavam previstos para serem investidos em novas instalações de água, esgoto e em gestão administrativa da Companhia, em 2014. Para 2016, a projeção é de que sejam investidos R$ 159,46 milhões, montante 24,3% maior do que em 2015.
Carlos Eugênio
Repórter
A partir deste ano, irá considerar também os custos dos ativos da empresa, as despesas realizadas, a eficiência dos serviços prestados e o custo dos investimentos futuros. Para Parente, o novo sistema irá tornar o modelo tarifário mais transparente, mais justo economicamente, além do que permitirá capitalizar a Companhia para novos investimentos.
Ele reconhece, porém, que a mudança pode elevar ainda mais as tarifas, tendo em vista que irão embutir os investimentos futuros, propostos pela companhia, mas que ainda não foram realizados. No modelo tarifário atual, a conta é feita com base nos investimentos já realizados.
"O novo modelo já traz o plano de investimentos, o consumidor já vai saber quanto a Cagece pretende investir nos anos futuros, no que ela vai gastar", explicou Parente. De acordo ainda com ele, "o desenho do novo modelo já está pronto, estando faltando apenas a conferência das informações contábeis enviadas pela Cagece, para o fechamento da revisão tarifária". A previsão é que o trabalho sejam concluído em julho próximo, após três anos em execução.
Segundo dados dispostos no relatório de contas da Cagece, relativo ao ano de 2013, os investimentos previstos para este ano são da ordem de R$ 128,31 milhões, um pouco mais da metade (52%), dos R$ 245,18 milhões que estavam previstos para serem investidos em novas instalações de água, esgoto e em gestão administrativa da Companhia, em 2014. Para 2016, a projeção é de que sejam investidos R$ 159,46 milhões, montante 24,3% maior do que em 2015.
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