A reunião de oito governadores no Congresso é para tentar conseguir novas receitas, dinheiro novo para diminuir os rombos nos cofres estaduais. O alvo foi a nova CPMF. Querem aumentar a alíquota de 0,2% para 0,38% para receber a diferença.
“A gente tem os compromissos, compromisso de pagar a dívida, compromisso de pagar a folha, de ativos, e compromisso de pagar folhas de inativos, e quando a gente não está tendo receita, como a gente faz essa travessia”, declara Luiz Fernando Pezão, governador do Rio de Janeiro.
Até o presidente da Câmara, que é contra a CPMF, disse que é preciso encontrar uma solução para os estados.
“Eles estão precisando de algum tipo de solução porque eles não vão resistir, porque as receitas caíram vertiginosamente e as despesas não caíram, obviamente”, diz Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados.
Os governadores começaram a apresentar os orçamentos para o ano que vem e muitos ainda não sabem como fechar as contas de 2015.
No Rio de Janeiro, o governo está buscando fontes de arrecadação extra, como venda de imóveis e de participação em empresas para cobrir um déficit estimado em R$ 11 bilhões para o ano que vem.
O Rio Grande do Sul, que ainda está parcelando o pagamento de salários, tenta aumentar impostos. O estado deve ter, em 2016, o maior déficit da história: R$ 6,2 bilhões.
No Distrito Federal, o governo precisa de R$ 6,5 bilhões para evitar um novo déficit de R$ 1,6 bilhão em 2016 se os parlamentares precisam aprovar um pacote que inclui o aumento de impostos, como o IPTU, e de taxas, como a de limpeza pública.
O governador já anunciou um corte de 20% no salário dele e dos secretários, diminuiu o número de secretarias e não vai pagar reajustes já concedidos a funcionários.
Goiás, que já chegou a parcelar os salários dos servidores, está fechando as contas com dificuldades e, para conseguir R$ 200 milhões, vai lançar títulos no mercado.
A crise fiscal afeta governo federal, estados e municípios. A diferença é que o governo federal está com dificuldade para economizar e diminuir a dívida pública. Já os estados estão ficando é sem dinheiro em caixa para pagar os compromissos básicos. Os especialistas dizem que as soluções são limitadas e não há previsão de melhorar a curto prazo.
"É uma situação muito grave. É possível que, em algum momento, o governo federal seja chamado para socorrer os estados de alguma forma. Ou com a abertura de novos créditos ou então com a ajuda de arrecadação como, por exemplo, a CPMF que o governo federal quer aprovar para ele, governo federal, e os estados também querem uma parte", aponta o economista Mansueto Almeida.*Globo.com
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