PAGOS PARA MATAR:Militares comandavam esquadrão da morte

PAGOS PARA MATAR:Militares comandavam esquadrão da morte

Seis militares eram os planejadores dos assassinatos e chacinas na Grande Cuiabá

Está fora de circulação a organização criminosa que por dinheiro matava bandidos e empresários entre Cuiabá e Várzea Grande. A organização, formada por policiais militares – um deles com a patente de major -, seguranças e até empresários, foi desmantelada na manhã desta terça-feira pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de Mato Grosso. Foram cumpridos 17 mandatos de prisão e busca e apreensão nas duas maiores cidades de Mato Grosso dentro da operação “Mercenários”, nome dado em virtude dos matadores de “aluguel” receberem dinheiros para execuções. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal da Justiça de Várzea Grande.



Entre os presos estão seis policiais militares, seis vigilantes, dois informantes, dois homens identificados como mandantes e um apontado como intermediário entre o grupo e os contratantes.

Com os suspeitos foram apreendidas armas (espingardas calibre 12, pistolas 9 milímetros, revólveres) e munição, além balaclavas, coletes balísticos, placas de veículos, luvas, roupas camufladas e uniformes da PM.

As investigações tiveram início no final de 2015 por uma força-tarefa constituída pela Sesp para apurar casos de homicídio com características semelhantes e considerados de "alta complexidade".

O trabalho, chefiado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), revelou que o grupo preso na manhã desta terça-feira está vinculado a pelo menos cinco casos de homicídio ocorridos entre os dias 3 de março e 13 de abril em Cuiabá e Várzea Grande. A motivação, segundo as investigações, era meramente financeira e as vítimas não estavam necessariamente vinculadas a crimes.

Entre os casos investigados por possível ligação com o grupo, está um triplo homicídio ocorrido há duas semanas no bairro Cristo Rei e o assassinato a tiros de um empresário no centro de Várzea Grande, no início de abril. O grupo é suspeito de cerca de 80 execuções.

Um dos casos citados pelos investigadores foi a execução do empresário Eduardo Rodrigo Beckert, de 35 anos, no último dia 5 de abril. Ele foi morto por dois homens quando chegava a um condomínio em Várzea Grande.

Segundo a decisão, os principais alvos da operação são José Francisco de Carvalho Pereira (vulgo Ceará), Jose Edmilson Pires dos Santos, o ex-PM Heubert de França Silva, o PM Uelinton Lopes Rodrigues, Jeferson de Fátima da Silva e Claudiomar Garcia de carvalho.

“Pois estas foram as pessoas que tiveram constante participação no planejamento e execução dos crimes, conforme áudios de interceptação telefônica, fato que reforçam a liderança destes suspeitos frente aos demais envolvidos” diz trecho da decisão.

CONFIRA A LISTA DOS PRESOS

Heubert de França Silva (policial militar)


Uelinton Lopes Rodrigues (policial militar)


Pablo Plínio Mosqueiro ( major da Polícia Militar)


Vagner Dias Chagas (policial militar)


Claudemir Maia Monteiro (policial militar)


Jonathan Teodoro de Carvalho (policial militar)


José Francisco de Carvalho Pereira


José Edmilson Pires dos Santos


Jeferson de Fátima da Silva


Claudiomar Garcia de Carvalho


Marcos Augusto Ferreira


Roni José Batista


Diego Santos da Silva


Deivison Soares de Amarantes


Francisnilton Deivison


Fernando Marques Boabaid


Edervaldo Freire

24horasnews

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