Governador não admite em público o avanço das facções criminosas, que ordenam execuções sumárias diariamente
Camilo trocou Delci Teixeira (à esquerda) por André Costa e acredita que o período da troca de comandos favoreceu a elevação das taxas de homicídios no Ceará
Sem saber como explicar o aumento considerável das taxas de homicídios no Ceará, que em janeiro de 2017 tiveram uma elevação de 8 por cento em comparação AM janeiro do ano passado, o governador Camilo Santana (PT) se perdeu na tentativa de explicação do fato diante da Imprensa.
“Precisamos saber se isso aconteceu por causa das mudanças de comandos ou se por termos dado foco, principalmente em Fortaleza, onde houve redução dos assaltos. Precisamos saber se isso prejudicou a ação de redução dos homicídios”, disparou.
Na equivocada avaliação do governador, o fato de a Polícia ter concentrado seus esforços para combater os roubos (assaltos) e furtos, pode ter refletido negativamente no combate aos homicídios e latrocínios (roubos seguidos de morte).
Perdido
Sem contar com informações suficientes de seus assessores, o governador se perdeu nas explicações e não teve outra saída senão levantar hipóteses. “Pode ter ocorrido o mesmo fenômeno que aconteceu em 2015, com a mudança de governo”, presumiu.
Pela primeira vez desde que assumiu o comando do Governo do Estado e passou a, mensalmente, reunir a Imprensa para anunciar sucessivas e supostas quedas das taxas dos CVLIs (Crimes Violentos, Letais e Intencionais), Camilo Santana admitiu, nesta quarta-feira (8) a elevação de tais índices. Em janeiro deste ano, segundo a SSPDS, 349 pessoas foram assassinadas no Ceará. Em janeiro de 2015, o número divulgado foi 323.
No entanto, o governador informou que a prioridade do seu mandato em relação à Segurança Pública é, sim, a redução dos assassinatos. “É fundamental e prioritário no nosso governo manter a queda dos homicídios, pois ele eles são os indicadores avaliados em todo o País nas estatísticas da violência. Portanto, vamos trabalhar e continuar neste esforço”.
Por FERNANDO RIBEIRO
Ouça o pronunciamento do governador sobre o fato:
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