A
Santa Sé divulgou dados sobre os escândalos de abuso sexual cometidos por
funcionários do clero e noticiou que em 2011 e 2012 cerca de 400 padres foram
afastados de suas funções.
Antes
de tomar esta decisão o Vaticano precisou investigar 822 relatos de padres que
teriam cometido abusos sexuais, conforme informações divulgadas na nesta
sexta-feira (17), de acordo com a Associated Press.
Essas
informações serão repassadas pela ONU como tem acontecido desde 2008 e 2009,
quando a Igreja começou a divulgar os dados relativos ao afastamento de
clérigos por pedofilia.
Os
dados recentes mostram que o número de padres que cometeram abusos sexuais
dobrou em relação aos anos de 2008 e 2009 quando o Vaticano desligou 171
padres.
Um
dia antes da divulgação do relatório, a Igreja admitiu a existência de clérigos
e funcionários que abusaram sexualmente de menores durante uma audiência com
especialistas do Comitê para Direitos da Infância da ONU.
O
monsenhor Silvano Tomasi, embaixador do Vaticano na ONU em Genebra, sede do
comitê, informou que em 2012 foram documentados 612 casos de abusos sexuais que
envolviam funcionários do clero. Destes, 418 foram praticados contra menores.
A
ONU tem pressionado a Igreja Católica sobre os relatos de pedofilia, o Comitê
de Direitos da Infância chegou a pedir uma atuação maior contra esses casos que
muitas vezes são abafados pela Santa Sé.
Uma
das integrantes do Comitê da ONU, Sara Oviedo, chegou a reclamar durante a
audiência, na presença de representantes do Vaticano, da falta de mecanismos
para investigação dos casos e da falta de punição.
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