Motivos
para que a partida seja lembrada por muito tempo não faltam. O ESPN.com.br
listou dez fatores que podem fazer o duelo um dos embates mais importantes da
história do Clássico.
1)
A Liga Espanhola em jogo
Restam
dez rodadas, o Atlético de Madri também está na briga, mas o Clássico deste
domingo é visto como a final do Campeonato Espanhol. "Jogaremos nosso
último cartucho", disse Tata Martino, técnico do Barcelona, no sábado.
O
clube catalão tem 66 pontos, contra 70 do Real Madrid; de olho no resultado, o
Atlético soma 67. Qualquer resultado que não seja uma vitória, deixa o
Barcelona muito distante do título - e coloca o Real em condição ainda mais
privilegiada, já que os dois rivais se enfrentam na última rodada, no Camp Nou.
2)
O recorde de Messi
Lionel
Messi tem 18 gols marcados no Clássico. O argentino é, ao lado do lendário
Alfredo di Stéfano, o jogador que mais vezes balançou as redes no duelo entre
os dois gigantes.
Caso
Messi faça um gol, ele se isolará como o maior goleador da história do
conflito. Cristiano Ronaldo, com 12 gols, ocupa a sétima colocação na lista de
artilheiros históricos do duelo.
Lista
de maiores goleadores do Clássico:
1
- Alfredo di Stéfano (Real Madrid), 18 gols
1
- Lionel Messi (Barcelona), 18
3
- Raúl González (Real Madrid), 15
4
- César Rodríguez (Barcelona), 14
4
- Ferenc Puskas (Real Madrid), 14
4
- Francisco Gento (Real Madrid), 14
7
- Carlos Santillana (Real Madrid), 12
7
- Cristiano Ronaldo (Real Madrid), 12
9
- José Samitier (Barcelona/Real Madrid), 10
9
- Juanito Gómez (Real Madrid), 10
9
- Hugo Sáncez (Real Madrid), 10
3)
Ronaldo contra a lenda
Se
Messi luta para tornar-se o maior artilheiro da história do Clássico, Cristiano
Ronaldo também persegue uma marca individual no duelo deste domingo. Com os
dois gols marcados na terça-feira, contra o Schalke 04, o português chegou a
242 com a camisa do Real Madrid.
O
número fez Ronaldo igualar o lendário Ferenc Puskas, húngaro que foi um dos
melhores jogadores do século passado. Com um gol a mais, Ronaldo se isolará
como o quarto maior artilheiro da história do clube - com 236 partidas
disputadas, ele é o único entre os cinco primeiros que tem média superior a um
gol por partida (1,03).
Lista
de goleadores históricos do Real Madrid:
1
- Raúl González, 323 gols
2
- Alfredo di Stéfano, 308
3
- Carlos Santillana, 290
4
- Ferenc Puskas, 242
4
- Cristiano Ronaldo, 242
4)
Messi x Ronaldo, de novo
O
duelo mais aguardado do futebol mundial chega à sua 21a edição neste domingo.
Messi e Cristiano Ronaldo já se enfrentaram em 20 clássicos, e o argentino leva
a melhor, com 9 vitórias, contra 5 do adversário - houve 6 empates.
No
número de gols, contudo, os dois estão rigorosamente iguais. Nos duelos entre
eles, cada um balançou as redes 12 vezes.
Para
o duelo no Santiago Bernabéu, a dupla chega em alta: Messi marcou três gols
contra o Osasuna, em sua aparição mais recente na Liga, e abriu o placar na
vitória contra o Manchester City, pela Champions League.
Já
Ronaldo vive uma sequência incrível de gols. Ele marcou 11 gols nos últimos
sete jogos de que participou, em uma lista que inclui jogos da Liga, da
Champions League, da Copa do Rei e um amistoso pela seleção de Portugal.
5)
A chance de ouro para Neymar
Alvo
de críticas da mídia e da desconfiança da torcida, o brasileiro Neymar deve
ganhar uma chance no time titular do Barcelona para o Clássico. O treinador
Tata Martino não confirma, mas deve levar a campo a mesma equipe que venceu o
Manchester City no Camp Nou, pela Champions League.
Naquela
partida, o treinador escalou Neymar e Messi mais soltos à frente, com o
brasileiro caindo pela direita; Cesc Fábregas e Iniesta devem se revezar pela
esquerda, com Busquets e Xavi completando o meio-campo.
Para
Neymar, o duelo contra o Real Madrid guarda uma lembrança especial. Foi dele o
gol que abriu o placar na vitória do Barcelona no primeiro turno, por 2 a 1, no
Camp Nou. Aquele foi o último gol do brasileiro pelo Barcelona com Messi a seu
lado em campo.
6)
Martino na berlinda
Já
em seu segundo Clássico à frente do Barcelona, o argentino Tata Martino
enfrenta uma pressão gigantesca. Nos bastidores do clube, diz-se que ele não
cumprirá até o fim o contrato de dois anos, assinado em julho passado.
Às
vésperas do clássico, o treinador teve de responder mais uma vez a perguntas
sobre sua permanência no comando da equipe. Uma derrota poderia complicar ainda
mais a situação do rosarino - há quem diga que a permanência dele passe por um
bom resultado no Clássico.
7)
Clima de Copa do Mundo
A
Copa do Mundo só começa daqui a 81 dias, mas o Clássico deste domingo é uma
ótima oportunidade para ver em ação jogadores que estarão no Mundial. As duas
equipes têm, juntas, nada menos que 27 atletas que devem estar no torneio,
defendendo nove seleções.
Veja
a lista:
Espanha,
12 - Victor Valdés (Barcelona), Iker Casillas (Real Madrid), Alvaro Arbeloa
(Real Madrid), Gerard Piqué (Barcelona), Sergio Ramos (Real Madrid), Jordi Alba
(Barcelona), Sergio Busquets (Barcelona), Xabi Alonso (Real Madrid), Xavi
Hernández (Barcelona), Andrés Iniesta (Barcelona), Cesc Fábregas (Barcelona),
Pedro Rodriguez (Barcelona).
Brasil,
3 - Daniel Alves (Barcelona), Marcelo (Real Madrid), Neymar (Barcelona)
Argentina,
3 - Javier Mascherano (Barcelona), Alvaro Di María (Real Madrid), Lionel Messi
(Barcelona)
Portugal,
3 - Pepe (Real Madrid), Fabio Coentrão (Real Madrid), Cristiano Ronaldo (Real
Madrid)
França,
2 - Raphael Varane (Real Madrid), Karim Benzema (Real Madrid)
Alemanha,
1 - Sami Khedira (Real Madrid)
Croácia,
1 - Luka Modric (Real Madrid)
Chile,
1 - Alexis Sanchez (Barcelona)
Camarões,
1 - Alex Song (Barcelona)
8)
Todas as estrelas em campo
Real
Madrid e Barcelona chegam praticamente inteiros ao Clássico deste domingo. O
clube da capital espanhola tem como grande baixa entre os titulares o lateral
Arbeloa; Khedira e Jesé também estão no departamento médico, mas nenhum deles
estava na equipe inicial que Carlo Ancelotti tem usado com mais frequência.
Karim Benzema chegou a ser dúvida, mas volta ao time.
No
Barcelona, os lecionados da vez são Carles Puyol, Isaac Cuenca e Jonathan dos
Santos. O capitão já é mais titular e tem passado grande parte da temporada
fora; os outros dois são reservas muito pouco utilizados.
Mas
os principais jogadores das duas equipes estarão todos em campo. O Real de
Carlo Ancelotti deve começar a partida com Diego López; Carvajal, Sergio Ramos,
Pepe e Marcelo; Xabi Alonso, Modric e Di María; Bale, Cristiano Ronaldo e
Benzema.
Já
o provável Barcelona de Tata Martino tem Valdés; Daniel Alves, Piqué,
Mascherano e Jordi Alba; Busquets, Xavi, Fábregas e Iniesta; Neymar e Messi.
9)
Reis das assistências
Cristiano
Ronaldo e Lionel Messi são os goleadores de Real Madrid e Barcelona nas últimas
temporadas. Mas, nesta edição da Liga, eles ganharam a ajuda de dois
especialistas no passe. Cesc Fábregas e Gareth Bale brigam pela liderança do
ranking de assistências da competição.
O
catalão é o jogador que mais passes para gols deu até agora no campeonato -
foram 12, além de 45 ocasiões de gols criadas em jogadas iniciadas por ele.
Bale, que chegou ao Real Madrid como o jogador mais caro da história, com um
custo de quase 100 milhões de euros, deu 11 passes para gol e criou 27 chances.
O
vencedor do Clássico passa, é claro, pela genialidade de Messi e Ronaldo. Mas
também pode ter muito da eficiência de Fábregas e Bale.
10)
Um duelo para mudar a temporada
O
Clássico deste domingo deve decidir muito do estado de ânimos de Real Madrid e
Barcelona para o fim da temporada. Quem vencer o confronto - se houver um
vencedor - vai com moral para a fase de quartas de final da Champions League. O
Barcelona encara o Atlético de Madri, e o Real mede forças contra o Borussia
Dortmund.
Além
disso, o próximo Clássico já está marcado: no dia 16 de abril, no estádio
Mestalla, em Valencia, as duas maiores equipes da Espanha voltam a duelar por
um título após quase dois anos; o último confronto foi na decisão da Supecopa
de 2011-12.
Não
bastasse a decisão, Real Madrid e Barcelona ainda podem se encontrar na fase
semifinal da Champions League. As chances disso acontecer, caso ambas confirmem
o favoritismo nas quartas de final, é de 33%
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