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Foto (AFP/Arquivos, MARTIN BUREAU)
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Após
a Rússia tomar as últimas bases da Ucrânia na Crimeia, completando a anexação
da península, cresce o temor de uma guerra entre os dois países. O ministro
ucraniano das Relações Exteriores, Andrii Deschchytsia, afirmou em uma
entrevista à rede norte-americana
ABC que a possibilidade de um conflito é cada vez mais
alta.
"Estamos
muito preocupados com os deslocamentos das tropas de Moscou. Estamos preparados
para responder. Como vocês sabem, o governo da Ucrânia está procurando usar
todos os meios de paz e diplomáticos para parar a Rússia, mas as pessoas estão
prontas para defender as suas terras", afirmou o chanceler.
Segundo
ele, o grande problema dessa crise é que o presidente russo, Vladimir Putin,
não conversa com o resto do mundo e nem quer escutar as outras nações.
Mais
cedo, o secretário do Conselho de
Segurança Nacional da Ucrânia, Andrii Paroublii, havia dito em um discurso para
manifestantes reunidos no centro de Kiev que Moscou está preparada para atacar
o leste de seu país "a qualquer momento". "O objetivo de
Putin não é a Crimeia, mas toda a Ucrânia",
declarou.
No
entanto, o governo da Rússia negou estar acumulando forças militares na
fronteira e assegurou que respeita os acordos internacionais que limitam o
número de soldados nas regiões que dividem as duas nações. "As Forças
Armadas russas não conduzem qualquer atividade militar não declarada que
poderia prejudicar a segurança dos Estados vizinhos", garantiu o
vice-ministro da Defesa, Anatoli Antonov, citado pela agência
Interfax.
Mas
a explicação não convenceu a todos. Tanto os Estados Unidos quanto a Organização do
Tratado do Atlântico Norte (Otan) já acenderam o alarme para uma possível
invasão na Ucrânia. De acordo com o vice-conselheiro para segurança nacional da
Casa Branca, Tony Blinken, é provável que o acúmulo de tropas na divisa
ucraniana seja uma ação de intimidação, mas o país não descarta que Putin
esteja se preparando para entrar no Estado vizinho.
Já
para a aliança militar ocidental, a Rússia juntou uma força grande o bastante
para ameaçar não apenas a Ucrânia, como também a Moldávia, onde a população da
região da Transdnístria, no leste do país, sonha com uma anexação pelos russos.
"As tropas na fronteira ucraniana são suficientes para entrar na
Transdnístria, e isso é algo preocupante. A Rússia está agindo mais como
adversária do que como parceira", disse o general Philip Breedlove, chefe
da Otan na Europa.
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