A Polícia Federal cumpriu nesta quinta-feira (26), mandados de busca e apreensão contra organizações criminosas que atuavam com a finalidade de manipular o trâmite de processos e o resultado de julgamentos contra empresas que deviam tributos à União.
Ao Cnews, a Polícia Federal informou que ninguém foi preso, durante a operação, realizada no município de Juazeiro do Norte, 491 km de Fortaleza. Cerca de 180 policiais federais integraram o trabalho, que resultou na apreensão de computadores, celulares e carros, além de documentos.
A Polícia Federal disse que não informará nome e endereço de envolvidos para não prejudicar as investigações. Entretanto, o órgão diz que encontrou R$ 1,3 milhão em cédulas, nas residências de supostos envolvidos com o esquema. Além disto, a Polícia assume que servidores, um conselheiro e um ex-presidente da Receita Federal, podem ter envolvimento.
Os criminosos agiam em um órgão da Receita que julga recursos das autuações promovidas contra empresas, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF). Ao Cnews, a Polícia Federal informou que as investigações tiveram início no ano de 2013. O objetivo era “conseguir a anulação ou diminuir os valores dos autos de infrações da Receita Federal”, segundo informou a assessoria.
Com o trabalho, descobriu-se que servidores repassavam informações sigilosas obtidas no CARF. As informações seriam repassadas para escritórios de assessoria e consultoria e advocacia. Os dados seriam informados para clientes destas repartições.
A operação, denominada “Zelotes” (que significa falta de zelo ou cuidado fingido), ocorreu em dois estados, fora o Ceará: São Paulo e Brasília.
O Cnews entrou em contato com a Delegacia de Polícia Federal de Juazeiro do Norte, mas não obteve retorno.* Por CNEWS
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